REVISÃO DE DADOS DA EPIDEMIOLOGIA E ETIOLOGIA DO SARAMPO E SUBSíDIOS PARA A VACINAÇÃO CONTRA A DOENÇA

Autores

  • Ricardo Veronesi Universidade de São Paulo
  • Ary Walter Schmid Universidade de São Paulo
  • Roberto de Almeida Moura Instituto Adolfo Lutz
  • Renato P.S. Carvalho Universidade de São Paulo
  • Waldermar A. Zuccas
  • Mário Camargo Instituto de Medicina Tropical

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2358-792X.v17i2p135-204

Resumo

Os coeficientes de mortalidade por sarampo são alarmantes no Brasil. A doença ocupa, em diferentes municípios, elo segundo ao quarto lugar como causa ele morte entre as doenças infecciosas e parasitárias. O sarampo mata, entre nós, mais que a difteria, poliomielite, tétano, coqueluche e varíola. A maioria elos óbitos ocorre no grupo etário de O a 2 anos. Foi recapitulada a evolução dos conhecimentos sôbre a ;prevenção elo sarampo até as vacinas que os A. A. experimentaram. As relações entre o vírus do sarampo e o da cinomose foram comentadas, inclusive as experimentações conduzidas nesse sentido por um dos autores do trabalho. Foram realizados estudos comparativos sôbre a sensibilidade das provas ele inibição da hemaglutinação e ele neutralização, demonstrando-se grande reprodutibilidade de resultados. Os estudos sorológicos em vacinados com vacinas com vírus atenuados ou ínativados demonstraram maior percentagem ele conversões com a primeira. Por outro lado, não foram observados, com a vacina com vírus inativado, os efeitos indesejáveis (febre e exantema) que foram constatados com a vacina com vírus atenuado. Foi recomendada a necessidade da aplicação de 3 doses de vacina com vírus inativado para atingir maior percentagem de conversões. A despeito da febre e discreto exantema, as crianças vacinadas com a vacina viva podiam brincar, sem fenômenos catarrais ou grande indisposição. Estudos eletrocardiográficos e radiográficos dos vacinados com vacina viva não revelaram alterações atribuíveis à vacina. A incidência de sarampo na creche onde trabalharam caiu de 30 a 50 casos por ano (média de 1 O anos) para zero durante o ano de 1962 (ano em que iniciaram a vacinação) . Somente 3 casos de sarampo discreto foram observados entre os vacinados durante os 5 primeiros meses ele 1963. O restante das crianças não contraiu sarampo quando em contacto com doentes internados na creche.

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Biografia do Autor

  • Ricardo Veronesi, Universidade de São Paulo

    Docente de Clínica de Doenças Tropicais e Infecciosasda Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

  • Ary Walter Schmid, Universidade de São Paulo

    Docente de Epidemiologia e Profilaxia Gerais e Especiais da Faculdade de Higiene e Saúde Pública da Universidade de São Paulo.

  • Roberto de Almeida Moura, Instituto Adolfo Lutz
    Diretor do Instituto Adolfo Lutz de São Paulo
  • Renato P.S. Carvalho, Universidade de São Paulo

    Assistente do Departamento de Microbiologia e Imunologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

  • Waldermar A. Zuccas
    Pediatra da Creche Catharina Labourê, São Paulo
  • Mário Camargo, Instituto de Medicina Tropical
    Assistente do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo

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Publicado

1963-12-29

Edição

Seção

Não Definida

Como Citar

REVISÃO DE DADOS DA EPIDEMIOLOGIA E ETIOLOGIA DO SARAMPO E SUBSíDIOS PARA A VACINAÇÃO CONTRA A DOENÇA. (1963). Arquivos Da Faculdade De Higiene E Saúde Pública Da Universidade De São Paulo, 17(2), 135-204. https://doi.org/10.11606/issn.2358-792X.v17i2p135-204