Velho Chico: narrar para audiências desatentas – dilemas e desafios
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9125.v22i1p75-83Palavras-chave:
comunicação, educação, teleficção, recepção, imagemResumo
O viver contemporâneo — imbricado em redes de hiperconexão e exacerbada midiatização das relações sociais e das intimidades — introduz e estabelece novos modos de convivência entre audiência e produtos culturais. Aí, a telenovela, principal produto ficcional de consumo massivo no Brasil, molda-se a novos modos do ver: desatentos e multifocais. Aviltam-se a imagem e o silêncio, ao mesmo tempo que se impõem tensos desafios às narrativas, em sua experimentação das possibilidades sociais da visão e da transformação social da realidade vivida. O presente artigo discute a recente experiência da exibição, no Brasil, da telenovela Velho Chico, pela Rede Globo de Televisão, bem como alguns de seus desdobramentos junto à audiência, enquanto proposta estética e narrativa profundamente inovadora frente a produtos culturais congêneres.
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