Crises e transformações do capitalismo - o diagnóstico de época de Friedrich Pollock

Autores

  • Fernando Rugitsky Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v22i2p111-134

Palavras-chave:

Pollock, teoria crítica, relações de produção, forças produtivas, capitalismo de Estado.

Resumo

O artigo aborda os deslocamentos da interpretação de Friedrich Pollock sobre as tendências inscritas de transformação do capitalismo após a crise de 1929 e sobre as perspectivas para a emancipação. O foco recai em dois artigos do início dos anos 1930 e no famoso “Capitalismo de Estado: possibilidades e limites”, de 1941. Sua interpretação é lida no contexto da história do período e do debate contemporâneo ocorrido no Instituto de Pesquisa Social de Frankfurt. O objetivo é aprofundar a compreensão acerca da interpretação contida no artigo de 1941, indicando semelhanças e diferenças com aquelas expostas no início dos anos 1930.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

a) Textos de Friedrich Pollock

Pollock, F. (1929/1973). “Gli esperimenti di pianificazione economica in Unione Sovietica: osservazioni critiche sul comunismo di Guerra e la NEP” In: Teoria e prassi dell’economia di piano: antologia degli scritti (1928-1941). Organização de Giacomo Marramao. Bari: De Donato, pp.233-270.

___________. (1932/1973). “La situazione attuale del capitalismo e le prospettive di un riordinamento pianificato dell’economia”. In: Teoria e prassi dell’economia di piano: antologia degli scritti (1928-1941). Organização de Giacomo Marramao. Bari: De Donato, pp.85-108.

___________. (1933/1973). “Osservazioni sulla crisi economica”. In: Teoria e prassi dell’economia di piano: antologia degli scritti (1928-1941). Organização de Giacomo Marramao. Bari: De Donato, pp.135-172.

___________. (1940). Influences of preparedness on Western European economic life. The American Economic Review, 30(1), parte 2, março, pp.317-325.

___________. (1941a). State capitalism: its possibilities and limitations. Studies in Philosophy and Social Science, IX(2), Nova York, The Institute of Social Research, pp.200-225. [republicado em Arato, A., Gebhardt, E. (orgs.) (1982). The essential Frankfurt School reader. Nova York: Continuum, pp.71-94].

___________. (1941b). Is National Socialism a new order? Studies in Philosophy and Social Science, IX(3), Nova York, The Institute of Social Research, pp.440-455.

___________. (1956/1957). The economic and social consequences of automation. Translated by W. O. Henderson e W. H. Chaloner. Oxford: Basil Blackwell.

Pollock, F. e Mandelbaum, K. (1936/1973). “La revisione keynesiana del liberalismo economico”. In: Teoria e prassi dell’economia di piano: antologia degli scritti (1928-1941). Organização de Giacomo Marramao. Bari: De Donato, pp.173-198.

b) Referências secundárias

Abromeit, J. (2011). Max Horkheimer and the foundations of the Frankfurt School. Nova York: Cambridge University Press.

Brenner, R.; Glick, M. (1991). The regulation approach: theory and history. New Left Review, 188, julho/agosto, pp.45-119. Recuperado de: [https://newleftreview.org/I/188/robert-brenner-mark-glick-the-regulation-approach-theory-and-history]. Acesso em 17 set. 2017.

Campani, C. (1992). Pianificazioni e teoria critica: l’opera de Friedrich Pollock dal 1923 al 1943. Liguori Editore.

Dahms, Harry F. (2000). “The early Frankfurt School critique of capitalism: critical theory between Pollock’s ‘state capitalism’ and the critique of instrumental reason”. In: Koslowski, P. (org.). The theory of capitalism in the german economic tradition: historism, ordo-liberalism, critical theory, solidarism. Heidelberg: Springer, pp.309-361.

Dubiel, H. (1978/1985). Theory and politics: studies in the development of Critical Theory. Translated by Benjamin Gregg. Cambridge, Mass.: MIT Press.

Gangl, M. (2016). “The controversy over Friedrich Pollock’s state capitalism”. History of the Human Sciences, 29(2), pp.23-41. Recuperado de: [http://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/0952695116637296]. Acesso em 17 set. 2017.

Hilferding, R. (1910/1985). O capital financeiro. Tradução de Reinaldo Mestrinel. São Paulo: Nova Cultural (Coleção “Os Economistas”).

Hobsbawm, E. J. (1989). The age of empire (1875-1914). Nova York: Vintage Books.

___________. (1994). The age of extremes: a history of the world, 1914-1991. Nova York: Vintage Books.

Horkheimer, M. (1937/1975). “Filosofia e teoria crítica”. In: Horkheimer, M. et alli. Walter Benjamin, Max Horkheimer, Theodor W. Adorno, Jürgen Habermas. São Paulo: Abril Cultural (Coleção “Os Pensadores”), pp.163-169.

___________. (1941). Preface. Studies in Philosophy and Social Science, IX(2), Nova York, The Institute of Social Research, pp.195-199.

___________. (1995/2007). A life in letters: selected correspondence. Organizado e traduzido por Manfred Jacobson e Evelyn Jacobson. Nebraska: University of Nebraska Press.

Keynes, J. M. (1926-1919/2004). The end of laissez-faire / The economic consequences of the peace. Nova York: Prometheus Books.

___________. (1936/1997). The general theory of employment, interest, and money. Amherst: Prometheus.

Kindleberger, C. P. (1986). The world in depression, 1929-1939. 2a. ed. Berkeley: University of California Press.

Marramao, G. (1973/1990). “Da crise do ‘mercado auto-regulado’ ao ‘Estado autoritário’. Notas sobre a relação de economia política e ‘teoria crítica’”. In: O político e as transformações: crítica do capitalismo e ideologias da crise entre os anos vinte e trinta. Tradução Antonio Roberto Bertelli. Belo Horizonte: Oficina de Livros, pp.203-238.

Nobre, M. (1998). A dialética negativa de Theodor W. Adorno: A ontologia do estado falso. São Paulo: Iluminuras.

Pedroso, G. (2009). Entre o capitalismo de Estado e o Behemoth: o Instituto de Pesquisa Social e o fenômeno do fascismo. Cadernos de Ética e Filosofia Política, 15(2), pp.151-179.

Polanyi, K. (1944/2001). The great transformation: the political and economic origins of our time. Boston: Beacon Press.

Postone, M. (1993/2003). Time, labor, and social domination: A reinterpretation of Marx’s critical theory. New York: Cambridge University Press.

Rugitsky, F. (2008). “Friedrich Pollock: limites e possibilidades”. In: Nobre, M. (org.). Curso livre de teoria crítica. Campinas: Papirus, pp.53-72.

Shaikh, A. (1978). “An introduction to the history of crisis theories”. In: U.S. Capitalism in Crisis. Union for Radical Political Economics. New York: Economics Education Project, pp.219-241.

Ten Brink, T. (2015). Economic analysis in critical theory: the impact of Friedrich Pollock’s state capitalism concept. Constellations, 22(3), pp.333-340. [http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/1467-8675.12191/abstract] Acesso em 17 set. 2017.

Tooze, J. A. (1999). Weimar’s Statistical Economics: Ernst Wagemann, the Reich’s Statistical Office, and the Institute for Business-Cycle Research, 1925-1933. Economic History Review, LII(3), agosto, pp.523-543. [http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/1468-0289.00135/abstract]. Acesso em 17 set. 2017.

Wiggershaus, R. (1986/1994). The Frankfurt School: Its history, theories, and political significance. Translated by Michael Robertson. Cambridge: MIT Press.

Downloads

Publicado

2017-10-04

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Crises e transformações do capitalismo - o diagnóstico de época de Friedrich Pollock. (2017). Cadernos De Filosofia Alemã: Crítica E Modernidade, 22(2), 111-134. https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v22i2p111-134