Duração dos efeitos de uma manipulação vertebral sobre a intensidade da dor e atividade eletromiográfica dos paravertebrais de indivíduos com lombalgia crônica mecânica
DOI:
https://doi.org/10.1590/1809-2950/14600023022016Resumo
O objetivo desta pesquisa foi avaliar os efeitos de uma intervenção manipulativa sobre a atividade eletromiográfica dos músculos paraverterbais e a intensidade da dor na coluna lombar imediatamente e 30 minutos após sua realização em indivíduos com dor lombar crônica mecânica. Foram avaliados 38 indivíduos, distribuídos aleatoriamente em dois grupos: o que recebeu a técnica de manipulação vertebral global (n=20) e o controle (n=18), que permanecia em decúbito lateral por dez segundos sobre cada lado do corpo. O sinal eletromiográfico dos paravertebrais ao nível L4-L5 direito e esquerdo foi coletado durante três ciclos do movimento de flexão-relaxamento-extensão do tronco. Nos intervalos entre os ciclos, os participantes relataram a intensidade de dor através da Escala Visual Analógica (EVA 100 mm). Foi observada redução significativa na intensidade da dor no grupo que recebeu a manipulação, ao contrário do grupo controle, em que a pontuação na EVA aumentou. O tamanho do efeito na intensidade da dor foi de 1,0 e 0,9 logo após a manipulação e 30 minutos depois. A razão de flexão/relaxamento (RFR) aumentou no grupo que foi submetido à manipulação, mas permaneceu inalterada no grupo controle. A RFR exibiu tamanhos de 0,6 e 0,5 entre os grupos nas duas avaliações. Foi possível constatar efeitos da manipulação nessas duas variáveis e sua continuidade no intervalo observado, concluindo-se que eles perduram pelo menos durante esse tempo.Downloads
Referências
Schneider MJ, Brach J, Irrgang JJ, Abbott KV, Wisniewski SR,
Delitto A. Mechanical vs manual manipulation for low back
pain: an observational cohort study. J Manipulative Physiol
Ther. 2010;33(3):193-200. doi: 10.1016/j.jmpt.2010.01.010.
Maigne J, Vautravers P. Mode dáction dês manipulations
vertébrales. Rev Rhum. 2003;70:713-9. doi:10.1016/
S1169-8330(03)00158-3
Ernest E. A systematic review of systematic reviews of spinal
manipulation. J R Soc Med. 2006;99(4):192-6. doi: 10.1258/
jrsm.99.4.192
Pickar JG. Neurophysiological effects of spinal manipulation.
Spine J. 2002;2:357-71. doi: http://dx.doi.org/10.1016/
S1529-9430(02)00400-X
Bicalho E, Setti JAP, Macagnan J, Cano JLR, Manffra EF.
Immediate effects of a high-velocity spine manipulation in
paraspinal muscles activity of nonspecific chronic low-back
pain subjects. Manual Ther. 2010;15(5):469-75. doi: 10.1016/j.
math.2010.03.012.
Ferreira ML, Ferreira PH, Hodges PW. Changes in postural
activity of the trunk muscles following spinal manipulative
therapy. Manual Ther. 2007;12:240-8. doi:10.1016/j.
math.2006.06.015.
Lalanne K, Lafond D, Descarreaux M. Modulation of
the flexion-relaxation response by spinal manipulative
therapy: a control group study. J Manipulative Physiol Ther.
;32(3):203-9. doi: 10.1016/j.jmpt.2009.02.010.
Neblett R, Mayer TG, Gatchel RJ, Keeley J, Proctor T, Anagnostis
C. Quantifying the lumbar flexionrelaxation phenomenon:
theory, normative data and clinical applications. Spine. 2003;
(13):1435-46. doi: 10.1016/j.jmpt.2014.07.003.
Colloca CJ, Hinrichs RN. The biomechanical and clinical
significance of the lumbar erector spinae flexion_relaxation
phenomenon: a review of literature. J Manipulative Physiol
Ther. 2005;28(8):623-31. doi:10.1016/j.jmpt.2005.08.005
Demoulin C, Crielaard J, Vanderthommen M. Spinal muscle
evaluation in healthy individuals and low-back-pain
patients: a literature review. Joint Bone Spine. 2007;74:9-13.
doi:10.1016/j.jbspin.2006.02.013
Fisioter Pesqui 2016;23(2):155-62
Walker BF, Williamson OD. Mechanical or inflammatory low
back pain. What are the potential signs and symptoms. Manual
Ther. 2009;14(3)314-20. doi: 10.1016/j.math.2008.04.003.
Koes BW, Tulder MWV, Thomas S. Diagnosis and treatment
of low back pain. BMJ. 2006;332:1430-4. doi:10.1136/
bmj.332.7555.1430.
Nusbaum L, Natour J, Ferraz MB, Goldenberg J. Translation,
adaptation and validation of the Roland-Morris questionnaire −
Brazil Roland-Morris. Braz J Med Biol Res. 2001;34(2):203-10.
doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-879X2001000200007.
Lehman GJ, McGill SM. Spinal manipulation causes variable
spine kinematic and trunk muscles electromyographic
responses. Clin Biomech. 2001;16(4):293-9. doi: http://dx.doi.
org/10.1016/S0268-0033(00)00085-1
Ritvanen T, Zaproudina N, Nissen M, Leinoven V, Hannine O.
Dynamic surface electromyographic responses in chronic
low back pain treated by traditional bone setting and
conventional physical therapy. J Manipulative Physiol Ther.
;30(1):31-7. doi:10.1016/j.jmpt.2006.11.010.
Ricard F. Tratamiento osteopatico de las lumbalgias y
ciaticas. Madrid: Panamericana, 1998.
Marshal P, Murphy B. Changes in the flexion relaxation response
following an exercise intervention. Spine. 2006a;31(23):877-
doi: 10.1097/01.brs.0000244557.56735.05
Biering-Sorenson. Physical measurements as risk indicators
for low back trouble over a one-year period. Spine.
;9(2):106-119, 1984.
Watson PJ, Phil CKBM, Main CJ, Chen ACN. Surface
electromyography in the identification of chronic low back
pain patients: the development of the flexion relaxation ratio.
Clin Biomech. 1997;12(3):165-71. doi: http://dx.doi.org/10.1016/
S0268-0033(97)00065-X
Ambroz C, Scott A, Ambroz A, Talbott EO. Chronic low back
pain assessment using surface electromyography. J Occup
Env Med. 2000;42(6):660-9.
Cohen J. Statistical power analysis for the behavioral sciences.
ed. New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates, 1988.
Devotch JW, Pickar JG, Wilder DG. Spinal manipulation
alters electromyographic activity of paraspinal muscles:
a descriptive study. J Manipulative Physiol Ther.
;28(7):465-571. doi:10.1016/j.jmpt.2005.07.002.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2016 Fisioterapia e Pesquisa

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.