Banalidade das finanças e cidadania incompleta: lugar e cotidiano na globalização

Autores

  • María Laura Silveira Universidade de Buenos Aires. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas. Instituto de Geografia

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2017.135155

Palavras-chave:

Cotidiano. Finanças. Crédito. Cidadania. Circuitos da economia urbana.

Resumo

Este artigo está estruturado em três pontos. No primeiro, procura entender o cotidiano como quinta dimensão do espaço banal e o papel da multiplicação dos fluxos financeiros, envolvendo um maior número de lugares. No segundo, discute a reorganização do cotidiano ao ritmo da financeirização que desenvolvem nos lugares os agentes do circuito superior, por meio de ações simbólicas e novos instrumentos financeiros. No terceiro ponto, aborda o papel do Estado na financeirização e no consumo e suas repercussões nos circuitos da economia urbana e na cidadania. Por fim, apresenta breves reflexões sobre a relação entre política, produção, consumo e cidadania no período atual.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • María Laura Silveira, Universidade de Buenos Aires. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas. Instituto de Geografia

    Pesquisadora Principal do CONICET no Instituto de Geografia da Universidade de Buenos Aires.

Referências

ARROYO, M. A vulnerabilidade dos territórios nacionais latino-americanos: o papel das finanças. In: LEMOS, A. I. G.; SILVEIRA, M. L.; ARROYO, M. Questões territoriais na América Latina. Buenos Aires: Clacso/São Paulo: Universidade de São Paulo, 2006. p. 177-190.

AUGÉ, M. Futuro. Buenos Aires: Adriana Hidalgo, 2012.

BAUDRILLARD, J. Crítica de la economía política del signo. 12. reimp. Ciudad de México: Siglo XXI, 2011.

BAUMAN, Z. Vida de consumo. Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 2007.

BEKERMAN, M. El desafío de incluir con servicios financieros. Diario La Nación, Buenos Aires, mar. 2017.

BERNARDES SILVA, A. M. Círculos de informações, urbanização e usos do território brasileiro. Revista da ANPEGE, Dourados, v. 8, n. 10, p. 3-15, 2012.

BOBBIO, N. El futuro de la democracia. 3. ed. Ciudad de México: Fondo de Cultura Económica, 2010.

CASTAINGTS TEILLERY, J. Simbolismos del dinero. Antropología y economía: una encrucijada. Barcelona: Anthropos, 2002.

CHESNEAUX, J. Du passé faisons table rase? A propos de l´histoire et des historiens. Paris: Maspero, 1976.

COHEN, B. J. A geografia do dinheiro. São Paulo: Ed. Unesp, 2014.

CONTEL, F. B. Território e Finanças: técnicas, normas e topologías bancárias no Brasil. São Paulo: Annablume, 2011.

CREUZ, V. Los ardiles del capital bancario. Manifestaciones en las ciudades de Buenos Aires y São Paulo. In: VIDAL-KOPPMANN, S. (Org.). Metrópolis en Mutación. Buenos Aires: Café de las Ciudades, 2015. p. 497-520. v. 1.

DIAS, L. C.; LENZI, M. H. Reorganização espacial de redes bancárias no Brasil: processos adaptativos e inovadores. Caderno CRH, Salvador, v. 22, n. 55, p. 97-117, abr. 2009.

DI NUCCI, J. I. Concentración y uso corporativo del territorio en Argentina: la lógica territorial de Carrefour. Cuadernos Geográficos, Tandil, v. 54, n. 1, p. 186-208, 2015.

DOWBOR, L. A reprodução social: propostas para uma gestão descentralizada. Petrópolis: Vozes, 1998.

GAUDIN, T. Economia cognitiva. São Paulo: Beca, 1999.

GIDDENS, A. La constitution de la société: élements de la théorie de la structuration. Paris: Presses Universitaires de France, 1987.

HAMILTON, C. El fetiche del crecimiento. Pamplona: Lactoli, 2006.

IAMONTI, V. Z. O circuito inferior na favela de Heliópolis. Trabalho de Graduação (Geografia) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009.

LAZZARATO, M. Gobernar a través de la deuda: tecnologías de poder del capitalismo neoliberal. Buenos Aires: Amorrortu, 2015.

LAZZARATO, M. La fábrica del hombre endeudado: ensayo sobre la condición neoliberal. Buenos Aires: Amorrortu, 2013.

MONTENEGRO, M. R. Globalização, trabalho e pobreza nas metrópoles brasileiras. São Paulo: Annablume/Fapesp, 2014.

PARSERISAS, D. D. Circuitos de la economía urbana y modernización del sistema financiero de crédito en Olavarría. Mundo Urbano, n. 38, mar. 2012.

POLANYI, K. La gran transformación: los orígenes políticos y económicos de nuestro tiempo. 2. ed. Ciudad de México: Fondo de Cultura Económica, 2003.

RIBEIRO, A. C. T. Territórios da sociedade: por uma cartografia da ação. In: SILVA, C. A. (Ed.). Território e ação social: sentidos da apropriação urbana. Rio de Janeiro: Lamparina, 2011. p. 19-34.

RIBEIRO, A. C. T. Sociabilidade, hoje: leitura da experiência urbana. Caderno CRH, Salvador, v. 18, n. 45, p. 411-422, set./dez. 2005.

ROSANVALLON, P. La contrademocracia: la política en la era de la desconfianza. Buenos Aires: Manantial, 2007.

ROSANVALLON, P. La nueva cuestión social: repensar el Estado providencia. Buenos Aires: Manantial, 1995.

RUSSELL, B. El conocimiento humano. Barcelona: Orbis, 1983. (Colección Historia del Pensamiento).

SANTOS, M. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2000.

SANTOS, M. A técnica em nossos dias – a instrução e a educação. ABMES, Brasília, v. 1, n. 1, p. 7-27, 1998.

SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1996a.

SANTOS, M. El espacio banal, una epistemología de la existencia. Solemne Investidura Doctor Honoris Causa – Universitat de Barcelona, nov. 1996b. p. 25-31.

SANTOS, M. Por uma Geografia Cidadã: por uma epistemologia da existência. Boletim Gaúcho de Geografia, Porto Alegre, n. 21, p. 7-14, 1996c.

SANTOS, M. O espaço do cidadão. São Paulo: Nobel, 1987.

SANTOS, M. Por uma Geografia Nova: da crítica da Geografia a uma Geografia Crítica. São Paulo: Hucitec, 1986.

SANTOS, M. L’Espace Partagé: les deux circuits de l’économie urbaine des pays sous-développés. Paris: Librairies Techniques, 1975.

SERNA, J. F. El “gota a gota” que rebosa la taza. El Colombiano, 23 set. 2015. Disponível em: http://www.elcolombiano.com/antioquia/seguridad/el-gota-a-gota-que-rebosa-la-taza-CF2755532. Acesso em: 24 ago. 2017.

SILVA, A. C. De quem é o pedaço? Espaço e Cultura. São Paulo: Hucitec, 1986.

SILVEIRA, M. L. São Paulo: entre la regencia del territorio y los mercados metropolitanos. In: SILVEIRA, M. L. (Coord.). Circuitos de la economía urbana: ensayos sobre Buenos Aires y São Paulo. Buenos Aires: Café de las Ciudades, 2016. p. 217-258.

SILVEIRA, M. L. Finanças, consumo e circuitos da economia urbana na cidade de São Paulo. Caderno CRH, Salvador, v. 22, n. 55, p. 65-76, 2009.

SIMMEL, G. The philosophy of money. Londres: Routledge, 2001.

SOUZA, M. A. A. A geografia da solidariedade. GeoTextos, Salvador, v. 2, n. 2, p. 171-178, 2006.

SPOSITO, M. E. B. Metropolização do espaço: cidades médias, lógicas econômicas e consumo. In: FERREIRA, Á.; RUA, J.; MATTOS, R. C. (Org.). Desafios da metropolização do espaço. Rio de Janeiro: Consequência, 2015. p. 125-151.

VANNUCHI, L. V. B. Novos nexos na economia urbana da cidade de São Paulo: as grandes redes comerciais varejistas e suas interferências no circuito inferior. Trabalho de Graduação (Geografia) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009.

ZELIZER, V. A. El significado social del dinero. Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 2011.

Downloads

Publicado

2017-10-19

Edição

Seção

Dossiê "Geografia e finanças"

Como Citar

Banalidade das finanças e cidadania incompleta: lugar e cotidiano na globalização. GEOUSP Espaço e Tempo (Online), [S. l.], v. 21, n. 2, p. 370–383, 2017. DOI: 10.11606/issn.2179-0892.geousp.2017.135155. Disponível em: https://revistas.usp.br/geousp/article/view/135155.. Acesso em: 28 mar. 2024.