Estratigrafia dos Derrames de Basaltos da Formação Serra Geral (Ribeirão Preto - SP) Baseada na Geologia Física, Petrografia e Geoquímica

Autores

  • Amélia João Fernandes SMASP; Instituto Geológico
  • Carlos Henrique Maldaner Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências
  • José Maria Azevedo Sobrinho SMASP; Instituto Geológico
  • Márcia Maria Nogueira Pressinotti SMASP; Instituto Geológico
  • Ingo Wahnfried Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências

DOI:

https://doi.org/10.5327/Z1519-874X2010000200006

Palavras-chave:

Formação Serra Geral, Basaltos, Estratigrafia, Petrografia, Geoquímica

Resumo

A motivação que levou ao estudo da geologia física e química dos basaltos de Ribeirão Preto foi investigar a existência de recarga do Sistema Aquífero Guarani (SAG) através dos basaltos do Aquífero Serra Geral (ASG), objetivo do projeto abreviadamente denominado FRATASG. Além de métodos hidrogeológicos, a pesquisa demandou uma investigação geológica de detalhe, a qual é essencial para a elaboração de modelos conceituais de circulação de água subterrânea em aquíferos complexos, caso dos basaltos do ASG. Assim, o estudo contemplou trabalhos de campo para descrição dos aspectos macroscópicos e das relações entre os basaltos e os arenitos subjacentes, coleta de amostras e análises petrográficas e químicas. Também foram utilizados dados de perfis litológicos de cinco poços construídos no projeto FRATASG, fundamentais para o estabelecimento da estratigrafia em subsuperfície. O estudo concluiu que, na área de Bonfim Paulista, ocorrem quatro derrames de basaltos, denominados B1, B2, B3 e B4, do mais antigo para o mais jovem. A ocorrência de B4 é muito restrita, pois foi erodido em grande parte. B1 e B2 apresentam espessuras de, em média, 45 e 55 m, respectivamente. Todos os quatro basaltos são do tipo sheet like lobes e devem ter sido colocados pelo mecanismo de inflação. B1 apresenta espessa crosta vesicular superior e, assim como em B2, pode apresentar mais de um nível vesicular no topo. Colunas de resfriamento foram observadas em B2 e B3, sendo mais espetaculares em B3 devido à presença de uma camada colunada inferior (B3-C) e uma sobreposta com entablamento (B3-E). B3 é o derrame mais espesso (75 a 100 m) e contém brechas hidráulicas distribuídas em bolsões, posicionados na camada B3-C, ou ao longo de fraturas sub-horizontais que até hoje permitem circulação de fluidos (água subterrânea). B3 apresenta composição química homogênea e é perfeitamente distinguível de B1 e B2 com relação a vários óxidos (Al2O3, P2O5, Fe2O3, TiO2 e MgO) e elementos traço (Ni, Zn, Cu, Y). A distinção entre B1 e B2 restringe-se aos óxidos P2O5 e TiO2 e aos elementos Cu, Zn, Y e Ni.

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Publicado

2010-07-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Estratigrafia dos Derrames de Basaltos da Formação Serra Geral (Ribeirão Preto - SP) Baseada na Geologia Física, Petrografia e Geoquímica . (2010). Geologia USP. Série Científica, 10(2), 73-99. https://doi.org/10.5327/Z1519-874X2010000200006