Força muscular respiratória de adolescentes Brasileiros: valores encontrados e preditos

Autores

  • Priscilla Rique Furtado Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Tania Fernandes Campos Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Raquel Emanuele de França Mendes Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Diana Amélia de Freitas Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Gabriela Suéllen da Silva Chaves Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Thalita Medeiros Fernandes de Macêdo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Karla Morganna Pereira Pinto de Mendonça Universidade Federal do Rio Grande do Norte

DOI:

https://doi.org/10.7322/jhgd.81035

Palavras-chave:

força muscular, músculos respiratórios, avaliação, valores de referência, adolescente

Resumo

Resumo
Objetivos: Comparar os valores encontrados para as pressões respiratórias máximas de uma amostra de adolescentes brasileiros com os valores preditos por Wilson et al e Domènech-Clar et al. Método: Foram avaliados 156 adolescentes (84 meninos) entre 12 e 17 anos. As pressões respiratórias máximas foram avaliadas por meio de um manovacuômetro digital com os adolescentes sentados e utilizando um clipe nasal. As avaliações das pressões inspiratória e expiratória máximas foram realizadas a partir do volume residual e da capacidade pulmonar
total, respectivamente. A comparação dos valores das pressões respiratórias máximas obtidos no atual estudo com os preditos pelas equações propostas por Wilson et al e Domènech-Clar et al, foi realizada pelo teste t de Student pareado. Para verificar a associação entre estes valores, foi utilizado o teste de correlação de Pearson. Resultados: A média da pressão inspiratória máxima foi de 74,66 ± 22,95 cm H2O e de 103,52 ± 25,67 cm H2O para meninas e meninos, respectivamente. A média da pressão expiratória máxima foi de 86,23 ± 25,92 cm H2O e de 120,08 ± 27,37 cm H2O para meninas e meninos, respectivamente. O svalores obtidos não diferiram e também não se correlacionaram significativamente com os preditos através das equações propostas por Wilson et al., e Domènech-Clar et al. Conclusões: As equações propostas por Wilson et al. e Domènech-Clar et al., não foram capazes de predizer os valores das pressões respiratórias máximas na população estudada, indicando a necessidade de se usar na prática clínica valores de referência advindos de uma população saudável de mesma etnia.

Biografia do Autor

  • Priscilla Rique Furtado, Universidade Federal do Rio Grande do Norte
    Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. Avenida Senador
    Salgado Filho, 3000, Departamento de Fisioterapia, Campus Universitário, Lagoa Nova, Natal, RN, Brasil.
  • Tania Fernandes Campos, Universidade Federal do Rio Grande do Norte
    Professora Associada, Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia, Departamento de Fisioterapia - UFRN. Avenida Senador Salgado Filho, 3000, Departamento de Fisioterapia, Campus Universitário, Lagoa Nova, Natal, RN, Brasil.
  • Raquel Emanuele de França Mendes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte
    Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. Avenida Senador
    Salgado Filho, 3000, Departamento de Fisioterapia, Campus Universitário, Lagoa Nova, Natal, RN, Brasil.
  • Diana Amélia de Freitas, Universidade Federal do Rio Grande do Norte
    Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. Avenida Senador
    Salgado Filho, 3000, Departamento de Fisioterapia, Campus Universitário, Lagoa Nova, Natal, RN, Brasil.
  • Gabriela Suéllen da Silva Chaves, Universidade Federal do Rio Grande do Norte
    Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. Avenida Senador
    Salgado Filho, 3000, Departamento de Fisioterapia, Campus Universitário, Lagoa Nova, Natal, RN, Brasil.
  • Thalita Medeiros Fernandes de Macêdo, Universidade Federal do Rio Grande do Norte
    Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. Avenida Senador
    Salgado Filho, 3000, Departamento de Fisioterapia, Campus Universitário, Lagoa Nova, Natal, RN, Brasil.
  • Karla Morganna Pereira Pinto de Mendonça, Universidade Federal do Rio Grande do Norte
    Professora Associada, Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia, Departamento de Fisioterapia - UFRN. Avenida Senador Salgado Filho, 3000, Departamento de Fisioterapia, Campus Universitário, Lagoa Nova, Natal, RN, Brasil.

Referências

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Publicado

2014-06-01

Edição

Seção

Artigos Originais