O discurso poético e as relações de e com o poder na poesia de Cacaso
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2236-4242.v30i1p145-158Palavras-chave:
Cacaso, Poesia brasileira, Estilística.Resumo
A literatura, como toda expressão artística, estabelece relações com o contexto histórico. Dependendo do autor, das circunstâncias político-sociais e mesmo das tendências estéticas, encontrar-se-ão marcas mais vincadas no discurso literário. Medeiros (http://www.portalconscienciapolitica.com.br/products/literatura-engajada/), referindo-se a Sartre, registra que “há escritores que escolhem “engajar-se” através de suas obras e escritos a partir dos quais expressam, entre outras coisas, o embate entre a arte e o realismo político”. É o que se constata na poesia de Cacaso. Estabelecendo um claro diálogo com outros autores e valendo-se do recurso da ironia, Cacaso constrói uma poesia cerebrina e assaz crítica à ditadura militar a que estava submetido o Brasil entre 1964 e o início dos anos 80. O engajamento implica numa reflexão do escritor sobre as relações que trava a literatura com a política e com a sociedade. Ainda, conforme Medeiros, “há um compromisso do escritor com a sociedade”. Sem arvorar-se em panfletária, é esse o legado poético de Cacaso à Literatura Brasileira: uma poesia reflexiva, construída com o cotidiano, perpassada por toques de humor. Buscamos analisar as relações entre o poder e a construção poética de Cacaso, em poemas da coletânea “Lero-Lero”, tendo como bases teóricas, entre outros, Bakhtin, Brait, Martins.
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