O direito de olhar a partir de Foucault, Spivak e Mbembe

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2178-0447.ars.2020.169553

Palavras-chave:

Visualidade, subalternidade, necropolítica, invisibilidade

Resumo

Este ensaio adota o pensamento foucaultiano como base para propor um recuo teórico em torno da noção de “direito de olhar” enquanto reivindicação de uma posição nas lutas sobre “como ver”. Após contextualizar o certame, reviso dois textos pontuais que cotejam Foucault: Pode o subalterno falar?, de Gayatri Spivak, e Necropolítica, de Mbembe. Do primeiro, depreendo a ideia geral de que o direito de olhar é o contrário do direito de “ver sem ser visto”. Do segundo, deduzo uma função de opacidade e de gestão da invisibilidade que a necropolítica exerce em conjunção com a biopolítica. Por fim, sustento que, se todo “ver” depende de um “não ver”, o direito de olhar reivindica uma posição que está sempre por construir.

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Biografia do Autor

  • Marcos Namba Beccari, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Brasil

    Marcos Namba Beccari é doutor em Educação pela Universidade de São Paulo (USP), professor do Setor de Artes, Comunicação e Design da Universidade Federal do Paraná (UFPR), coordenador do Programa de Pós-Graduação em Design da UFPR e líder do Grupo de Estudos Discursivos em Arte e Design da UFPR. Autor dos livros Das coisas ao redor: discurso e visualidade a partir de Foucault (Edições 70, 2020), Sobre-posições: ensaios sobre a insinuação pictórica (Áspide, 2019) e Articulações Simbólicas: uma nova filosofia do design (2ab, 2016). Influenciado principalmente por Nietzsche, Foucault e Preciado, dedica-se ao ensino e à pesquisa em políticas de visualidade, estudos do discurso e estudos crítico-filosóficos em arte e design.

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Publicado

2020-12-31

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Beccari, M. N. . (2020). O direito de olhar a partir de Foucault, Spivak e Mbembe. ARS (São Paulo), 18(40), 344-388. https://doi.org/10.11606/issn.2178-0447.ars.2020.169553