A paisagem como forma simbólica: uma análise da teoria da paisagem de Anne Cauquelin
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2178-0447.ars.2021.174769Palavras-chave:
Paisagem, Forma simbólica, Percepção visualResumo
No ensaio A invenção da paisagem, a filósofa Anne Cauquelin investiga possíveis relações entre a produção imagética ocidental no gênero paisagem e a percepção visual do espaço como paisagem. Compreendendo a paisagem como uma peculiar forma simbólica, a filósofa defende que sua percepção resulta de um perene processo de aprendizagem que cria tanto a existência da paisagem como objeto da sensibilidade quanto as condições específicas para sua identificação com a realidade. Este artigo procura apresentar como o conceito de forma simbólica aparece e se desdobra em A invenção da paisagem, destacando o recorte referencial e a articulação autoral de Cauquelin diante da origem neokantiana do conceito em Ernst Cassirer e de sua retomada na história da arte por Erwin Panofsky.
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