De volta à caverna de Platão: notas sobre exposições imersivas
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2178-0447.ars.2021.185248Palavras-chave:
Exposições imersivas, Atelier des Lumières, Cubo branco, Patrocínio, Redes sociaisResumo
O artigo aborda a concepção de exposição imersiva como vertente em expansão da arte digital contemporânea, cuja proposta é oferecer experiências intensas em ambientes multissensoriais que pretendem envolver o visitante por completo. Tanto obras inéditas, concebidas em vista de tais tecnologias, quanto pinturas de nomes canônicos da história da arte podem ser apresentadas pelas imersivas. Levando em conta um histórico de experiências de intensificação sensorial associadas a espaços expositivos, o artigo propõe que as imersivas sejam entendidas por contraste com a concepção do cubo branco, o que permite situá-las diante de questões pertinentes ao meio artístico contemporâneo como um todo, do patrocínio corporativo ao sucesso de público mediado pelas redes sociais.
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