Arte urbana, arte contemporânea

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2178-0447.ars.2023.192205

Palavras-chave:

Arte urbana, Arte contemporânea, Grafite, Transliteração estética, Curadoria

Resumo

A forma estética originária do grafite e pixação – desenho/inscrição/assinatura – é sensivelmente tributária de seus imperativos performáticos sobre o território – driblar e superar os dispositivos de vigilância e disciplina da cidade. O processo de reconhecimento do grafite e da pixação nos museus e galerias tradicionais, via estratégias de transliteração estética, absorve esse duplo registro da linguagem, que se realiza não apenas no traço efetivamente grafitado – a imagem –, mas inclusive no desenvolvimento da ação de grafitar – a performance. Nesse sentido, as exposições de arte urbana elaboram projetos de curadoria que restituem às imagens, ainda que expostas no abrigo institucional, sua natureza agencial sobre o território, fazendo do grafite não um gênero alternativo de pintura, mas trânsito estético entre linguagens contemporâneas.

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Biografia do Autor

  • Felipe Eduardo Lázaro Braga, Universidade de São Paulo

    Felipe Eduardo Lázaro Braga é filósofo, cursa pós-graduação na Universidade de São Paulo (USP) no programa de Sociologia. Escreve sobre arte urbana, política e matemática, e já publicou textos em  revistas literárias (Pixé, SubVersa, Desenredos), portais de política (Justificando, Caos Filosófico, Revista Híbrida, Money Times, Público), antologias (OFF-Flip) e jornais impressos (O Estado de São Paulo). É autor de testoste-TRIP (Kotter, 2023).

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Publicado

2023-08-31

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Braga, F. E. L. (2023). Arte urbana, arte contemporânea. ARS (São Paulo), 21(48), 124-174. https://doi.org/10.11606/issn.2178-0447.ars.2023.192205

Dados de financiamento