O líder de seu tempo e a burguesa agrilhoada: uma análise psicanalítica e iconológica de duas pinturas de Carl Alexander Simon
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2178-0447.ars.2022.202452Palavras-chave:
Romantismo alemão, Psicanálise, Iconologia, América Latina, ColonizaçãoResumo
Este artigo compreende a análise psicanalítica e iconológica de duas pinturas do artista romântico Carl Alexander Simon localizadas no Schlossmuseum, em Weimar: Selbstbildnis mit Tirolerhut e Die Braut des Künstlers. Simon realizou essas pinturas em 1830, quase 20 anos antes de viajar para a América do Sul, onde prosseguiu com sua carreira artística e empreendeu um ambicioso plano de colonização. Este é o primeiro estudo a esmiuçar tais pinturas. O principal objetivo da pesquisa é revelar aspectos ignorados dos trabalhos de Simon, determinando em que medida traços complexos de personalidade passam a emergir nas obras. O argumento central é o de que vários aspectos dessas pinturas configuram representações precoces de um complexo messiânico determinante para a compreensão de sua empreitada colonizadora no Chile.
Downloads
Referências
BARTHES, Roland. Camera Lucida: Reflections on Photography. New York: Farrar, Straus and Giroux, 1981.
FORTUNE, Reo Franklin. The Symbolism of the Serpent. International Journal of Psychoanalysis, n. 7, 1926, p. 237-243.
FREUD, Sigmund. A General Introduction to Psychoanalysis. North Carolina: Duke University Press, 2014.
GAETE, Miguel A. The Garden of Eden Revisited: The German Romantic Vision of Landscapes of Brazil and Chile. Latin American and Latinx Visual Culture, University of California Press, v. 4, n. 4, 2022, p. 9-25.
HEBERLEIN, Regine. Writing a National Colony: The Hostility of Inscription in the German Settlement of Lake Llanquihue. Amherst, NY: Cambria Press, 2008.
KRAUSS, Jutta. Leben, Tat oder Tod-der Wartburgerneurer Carl Alexander Simon. In Wartburg Jahrbuch 2003. Regensburg: Schnell und Steiner, 2004.
KREITZER, Larry Joseph. Prometheus and Adam: Enduring Symbols of the Human Situation. Lanham: University Press of America, 1994.
MUSPER, Theodor. Carl Alexander Simon: (Ein vergessener Maler der Spätromantik). Die Graphischen Künste, n. 52, 1929.
MUSPER, Theodor. Carl Alexander Simon. In Dokumente zur Geschichte der deutschen Einwanderung. Santiago de Chile: Unknown, 1974.
NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. Thus Spoke Zarathustra. Cambridge; New York: Cambridge University Press, 2006.
PEREIRA SALAS, Eugenio. El pintor aleman Alexander Simon y su trágica utopía chilena. Academia Chilena de la Historia, n. 77, 1967.
SCHMALZ, Ingeborg. Carl Alexander Simon. Dokumente zur Geschichte der Deutschen Einwanderung - Heft 1 (unpublished), unknown date.
SIMON, Carl Alexander. Briefe von und an Carl Alexander Simon, 1938a.
SIMON, Carl Alexander. Reiseskizzen durch das stolze Frankreich im Winter 1848-49. [s.l.] Unpublished manuscript, 1938b.
SIMON, Carl Alexander.; BROMME, Traugott. Auswanderung und deutsch-nationale Kolonisation von Südamerika mit besonderer Berücksichtigung des Freistaates Chile. Bayreuth: Verlag Buchner’sche Buchhandlung, 1850.
SNODGRASS, Mary Ellen. World Clothing and Fashion: An Encyclopedia of History, Culture, and Social Influence. London; New York: Routledge, 2015.
TEAGUE, Frances. “What about Our Hands?”: A Presentational Image Cluster. Medieval & Renaissance Drama in England, v. 16, 2003, p. 218–227.
VAN MEURS, Marijke. Carl Alexander Simon en Chiloé. Ancud: Ediciones Museo Regional de Ancud, 2016.
VANDENBOS, Gary. APA Dictionary of Psychology (Second Edition). American Psychological Association ed. Washington:[s.n.].
WARTBURG JAHRBUCH 2003. Regensburg: Schnell und Steiner, 2004.
WEINBERG, Martin; WILLIAMS, Colin; MOSER, Charles. The Social Constituents of Sadomasochism. Social Problems, v. 31, n. 4, 1984, p. 379–389.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Miguel Gaete
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by-nc/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
É responsabilidade dos autores a obtenção da permissão por escrito para usar em seus artigos materiais protegidos por lei de Direitos Autorais. A revista Ars não é responsável por quebras de Direitos Autorais feitas por seus colaboradores.
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado sob Licença Creative Commons do tipo CC-BY.
Os licenciados têm o direito de copiar, distribuir, exibir e executar a obra e fazer trabalhos derivados dela, inclusive para fins comerciais, conquanto deem os devidos créditos ao autor ou licenciador, na maneira especificada por estes.
O licenciado se compromete a oferecer os créditos apropriados, o link para acesso à licença e a informar caso qualquer alteração no material original tenha sido feita.
Conquanto respeitados os termos da licença, não é permitida ao licenciador/autor a revogação dessas condições.
Após a publicação dos artigos, os autores permanecem com os direitos autorais e de republicação do texto, sendo permitida sua publicação posterior exclusivamente em livros inéditos e coletâneas.