Fernanda Gomes: eloquência do silêncio
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2178-0447.ars.2023.208151Palavras-chave:
Fernanda Gomes, Recepção, Tempo, SilêncioResumo
Fernanda Gomes tem se destacado no cenário artístico nacional por apresentar um trabalho pouco dócil ao sistema que o contém. Nosso intento nesta reflexão será demonstrar como sua obra (ou melhor, suas exposições-obras), amplamente perpassada pelas pequenas percepções e pela atenção exaustiva, formula uma estratégia de recepção singular – distinta da fugacidade da atenção hodierna e da intensiva discursividade do campo contemporâneo das artes. A hipótese de uma recepção singular é amparada pela constante recusa em atribuir nomes a obras e exposições (corriqueiramente intituladas com seu próprio nome, mais por insuficiência que por intenção), a insistência em destituir o poder das interferências discursivas curatoriais, sem que com isso suplemente o campo semântico do trabalho com sua própria subjetividade e vida.
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Referências
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