“Minha viola eu não toco sozinho”: o Samba do Quilombo dos Pintos enquanto estratégia afrorreferenciada de emancipação territorial
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-3999.v13i1p63-77Palavras-chave:
Samba duro, Performatividade, Cultura negra, Territórios negros, EmancipaçãoResumo
Apesar da tentativa da colonização em nos paralisar, investigo a possibilidade da emancipação através do movimento, especialmente a partir do canto e da dança em comunidade. O Samba do Quilombo dos Pintos representa um território negro no Engenho Velho da Federação, em Salvador, promovendo a preservação das tradições afro-brasileiras. Mais que uma festa, o evento é uma manifestação de sociabilidade baseada em princípios afro-brasileiros, com recursos financeiros direcionados para a emancipação territorial do terreiro Nzo Onimboyá. Compartilho aqui o resultado da análise do discurso produzido por protagonistas do Samba, através das redes sociais e de documentários, além de minhas vivências nos encontros mensais do Samba desde dezembro de 2022. Destaco a necessidade constante de ação para alcançar a emancipação, superando as condições de subalternização da população negra.
Downloads
Referências
BIKO, Steve. Escrevo o que eu quero. São Paulo: Ática, 1990.
BRASILEIRO, Castiel Vitorino. Quando o sol aqui não mais brilhar: a falência da negritude. 1. ed. São Paulo: n-1 edições, 2022.. Acesso em: 10 dez. 2023.
ENCONTRO com Milton Santos: O mundo global visto do lado de cá. Direção de Silvio Tendler. Roteiro: Claudio Bojunga. Brasil: Ana Rosa Tendler, 2006. (90 min.), son., color. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ifZ7PNTazgY. Acesso em: 24 set. 2023.
HARTMAN, Saidiya. Vidas Rebeldes, Belos Experimentos: Histórias Íntimas De Meninas Negras Desordeiras, Mulheres Encrenqueiras E Queers Radicais. [S.l.]: Fósforo, 2022.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Censo Brasileiro de 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2012.
MARTINS, Leda Maria. Saberes e performances de matriz africana na renovação epistemológica das ciências e das artes. Universidade Federal da Bahia: Programa de Pós-graduação Multidisciplinar em Estudos Étnicos e Africanos. Aula inaugural, 05 set. 2023.
NASCIMENTO, Maria Beatriz. Beatriz Nascimento, Quilombola e intelectual: possibilidade nos dias da destruição. [S.l.]: Filhos da África, 2018.
O ENGENHO novo descobrindo o engenho velho. Direção: João Rodrigo Mattos. Produção: Luiz Henrique Oliveira; Ludmila Santos; Moisés Victorio Conceição; Valdete Moreira e outros. Salvador: [s. n.], 2013. 1 vídeo (26 min). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=JbI3ZNL5qrE. Acesso em: 10 jun 2024.
ORÍ. Direção de Raquel Gerber. Brasil: Estelar Produções Cinematográficas e Culturais Ltda, 1989, vídeo (131 min), colorido. Relançado em 2009, em formato digital.
PAKAPYM, Junior. Legado de Makota Valdina, Mestre Gerson Quadrado, Mário Gusmão e Antonieta de Barros. Teatro Gregório de Mattos: II Semana da Consciência Negra do Instituto Cultural Bantu. Mesa redonda, 14 de novembro de 2023. 2023a.
PAKAPYM, Junior. [@juniorpakapym]. 30 de junho de 2023. Stories. Instagram. 2023b. Disponível em: <>. Acesso em: 30 jun. 2023.
PINTO, Valdina. Meu caminhar, meu viver. Salvador, BA: EGBA, 2013. 175 p.
RAMOS, Maria Estela Rocha. Bairros negros: uma lacuna nos estudos urbanísticos um estudo empírico-conceitual no bairro do Engenho Velho da Federação, Salvador (Bahia). 2013. 332 f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Arquitetura, Salvador, 2013.
SANTOS, Milton. As Cidadanias Mutiladas. In: LERNER Júlio (org.). O Preconceito. São Paulo: Imesp, 1996/1997.
SODRÉ, Muniz. O Pensamento Disruptivo. Universidade Federal do Recôncavo Baiano: II Ciclo Internacional de Conferências Brasil: Poéticas da Diáspora Africana. Conferência de abertura, 09 mai 2023.
SODRÉ, Muniz. Samba, o dono do corpo. Mauad Editora Ltda, 1998.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista Aspas
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
O autor se compromete a sempre que publicar material referente ao artigo publicado na Revista Aspas mencionar a referida publicação da seguinte forma:
"Este artigo foi publicado originalmente pela Revista Aspas em seu volume (inserir o volume), número (inserir o número) no ano de (inserir o ano) e pode ser acessado em: http://revistas.usp.br/aspas de acordo com a Licença Creative Commons CC-BY.