Em coro te falamos porque ninguém mais pode falar por si só. A busca por uma metodologia de pesquisa-criação além do antropocentrismo nas práticas vocais para o palco
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-3999.v14i1p159-177Palavras-chave:
Pós-Humanismo, Prática como Pesquisa, Teatro, VozResumo
Este artigo é um recorte do processo de pesquisa da peça En coro te hablamos porque nadie puede hablar ya por sí mismo (“Em coro te falamos porque ninguém mais pode falar por si só”), que estreou em Santiago, no Chile, em 31 de abril de 2022, no Centro Cultural Gabriela Mistral. O trabalho se concentrou na análise de um método de criação e composição de atuação baseado no campo médio – middle field – (Byron, 2018). Foram abordadas e colocadas em debate as questões que mapearam este projeto, com o propósito de questionar a arraigada crença do/a performer como portador/a, distribuidor/a da voz na e para a cena teatral. Neste sentido, esta pesquisa abordou a relação da voz com o corpo através de uma concepção ampliada deste último, que incluiu toda a matéria – orgânica e inorgânica – como uma vitalidade vibrante (Bennett, 2022). Como resultado, foi proposta uma abordagem metodológica a partir de três eixos de sistematização: (1) a substituição da ordem semântica e aristotélica do teatro; (2) a simultaneidade das materialidades em favor da lógica do todo; e (3) o exame e desarticulação do comportamento expressivo da voz humana. A partir desses dados, faz-se uma crítica à agência afetiva da voz nas artes cênicas, sob a ordem e o domínio da linguagem.
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Referências
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