O aspecto de variação da radioatividade de oito fontes da Estância de Águas da Prata, Estado de São Paulo, é abordado no presente trabalho. A metodologia de medição da radioatividade usando detectores líquidos de cintilação está descrita detalhadamente. Para o tratamento dos resultados foi utilizado o programa "ACP" (Análise de Componentes Principais) de computador, que resultou nas seguintes conclusões: a variação da radioatividade está relacionada com as estações seca e chuvosa, sendo que essa variação é causada pela diluição das águas das fontes pelas águas das chuvas, diminuindo assim a radioatividade específica. Essa diluição manifesta-se imediatamente nas águas que circulam em aquíferos subsuperílciais (arenitos) ocorrendo na época das chuvas (verão). A diluição sofre um atraso nas águas que circulam em aquíferos mais profundos (rochas vulcânicas) e manifesta-se durante a estação seca (outono-inverno). As águas das fontes estudadas enquadram-se na categoria de águas minerais, segundo a radioatividade temporária, e classificam-se como: fortemente radioativas (fontes Villela e Vitória), radioativa (fonte do Boi) e fracamente radioativas (fontes Prata-Radioativa, Prata-Nova e Platina).