As escolas pioneiras da terra de Israel e o resgate do hebraico como língua vernacular: afirmação e resistência do nacionalismo judaico
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-8051.cllh.2022.198407Palavras-chave:
Hebraico moderno, Nacionalismo judaico, ResistênciaResumo
A pesquisa investiga o encadeamento entre o ensino do hebraico moderno nas escolas pioneiras das colônias agrícolas da Terra de Israel e a afirmação e resistência do nacionalismo judaico ao final do século XIX. A expansão do conhecimento do hebraico e sua adoção como língua vernacular instauram processos políticos identitários que se divergem entre sionistas e hebraístas. O legado étnico-simbólico da língua hebraica desponta como núcleo do enraizamento cultural e institucional de nação, reforçando os aspectos de dominação e imposição linguística daqueles que defendem o hebraico moderno como instrumento de autoafirmação e autonomia. O percurso analítico compreende a dinâmica linguística como articuladora das relações sociais, da dominação e do poder simbólico, na esteira bourdiana. A resistência, como necessidade social, é evidenciada a partir de fontes historiográficas que arranjam o cenário no qual aponta os professores hebraístas como agentes sociais e políticos atuantes no engendramento de mecanismos culturais renovados.
Downloads
Referências
AVINERI, Shlomo. La idea Sionista: notas sobre el pensamiento nacional judio. Jerusalem: La Semana Publicaciones Ltda., 1983.
BARTHES, Roland. Mitologias. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.
BEREZIN, Rifka. Os fundamentos históricos do hebraico moderno. Cadernos de língua e literatura hebraica, São Paulo, n.7, p. 32-40, 2009.
BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 2007.
BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas linguísticas. São Paulo: Edusp, 1996.
BRENNER, Michael. Breve história dos judeus. São Paulo: Martins Fontes, 2013.
DROR, Yuval. ‘National Education' through mutually supportive devices: A case study of zionist education. Peter Lang AG, Internationaler Verlag der Wissenschaften, 2007.
EISENSTADT, S.N. Sociedade israelense. São Paulo: Perspectiva, 1977.
FELLMAN, Jack. The revival of a classical tongue Eliezer Ben Iehuda and the modern hebrew language. Netherlands: Mouton & Co. N.V., Publishers, The Hague. 1973.
HOBSBAWM, Eric. Nações e nacionalismos desde 1780: programa, mito e realidade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2011.
PINSKY, Jaime. As origens do nacionalismo judaico. São Paulo: Ática, 1997.
RABIN, Chaim. Pequena história da língua hebraica. São Paulo: Summus, 1973.
RABKIN, Yakov M. Language in nationalism: modern hebrew in the zionist project. Edinburgh: University Press. Holy land studies, v. 9, n. 2, p. 129-145, nov. 2010.
RAICHEL, Nirit; TADMOR-SHIMONY. Tali. The hebrew teachers as creators of the zionist community in (the Land of) Israel. Israel Studies Review,Vol. 28, n.1, p. 120-141, 2013.
ROLLEMBERG, Denise. Resistência - Memória da ocupação nazista na França e na Itália. São Paulo: Alameda Editorial, 2016.
RUBISTEIN, William D.; JOLLES, Michael A. The Palgrave Dictionary of Anglo-Jewish History. London: Palgrave Macmillan, 2011.
SMITH, Anthony. Nationalism and modernism: a critical survey of recent theories of nations and nationalism. London: Taylor & Francis e-Library, 2003.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Cadernos de Língua e Literatura Hebraica

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution BY-NC-SA, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista;
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.