Requalificação do Edifício Riachuelo no Centro Histórico de São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1980-4466.v0i22p193-216Palavras-chave:
Edifícios residenciais, Patrimônio ambiental urbano, Centros históricosResumo
O Edifício Riachuelo foi projetado e construído entre 1942 e 1945 pelos engenheiros Lindenberg & Assumpção, com 17 pavimentos. O primeiro proprietário foi a Associação de Empregados do Comércio de São Paulo, que ocupava apenas alguns andares com atividades sociais. Os demais foram vendidos. O espaço ocupado pela Associação, após 1978, foi utilizado por uma escola de contabilidade e, quando esta saiu, o edifício foi ficando pouco a pouco vazio. Em 1994, foi invadido por moradores de rua. A expulsão dos invasores pelos policiais acarretou uma profunda depredação do imóvel, com destruição de portas, janelas, sanitários, elevadores e prumadas de águas pluviais. A Prefeita Marta Suplicy, durante seu governo (2000/2004), iniciou o programa Morar no Centro, que visava a ocupação do centro histórico, não apenas por setores da administração municipal, mas também por moradores em um sistema de “locação social”. Em 2004, o escritório Paulo Bruna Arquitetos foi contratado pela Cohab-SP para reabilitar o edifício. A área do terreno é de 516m2 e a área total construída é de 7.870,54m2. A recuperação procurou respeitar a lógica construtiva original. Entre os salões de escritórios havia paredes de alvenarias de tijolos maciços que foram mantidas porque são integradas no contraventamento da estrutura. Assim, basicamente cada escritório transformou-se em um apartamento. Foi possível acomodar 120 unidades, variando de 28m2 a 48m2 de área útil. Muitos têm balcões e portas-janelas privativas, que foram mantidos, pois a fachada foi classificada como bem de valor histórico. Os apartamentos acabaram sendo vendidos e os moradores valorizam e conservaram o condomínio de maneira exemplar.
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