Devouring Shakespeare in a Brazilian midsummer night's dream

Authors

  • Caio Antônio Nóbrega Universidade Federal da Paraíba
  • Genilda Azerêdo Universidade Federal da Paraíba

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.v1i24p51-68

Keywords:

Shakespeare, anthropophagy, parody, epistemic disobedience, decoloniality

Abstract

In this paper, we aim at analyzing Adriana Falcão’s Sonho de uma noite verão, published in 2007 as part of the collection Devouring Shakespeare. More specifically, we intend to examine how Shakespeare himself was recreated as a character in this narrative by means of parody and anthropophagy. Although usually associated with Western/modern/colonialist values and ideologies, Shakespeare may also be perceived and employed as a powerful remedy or antidote created in/by the South. Through epistemic disobedience and an intercultural and ambivalent actualization of Shakespeare as a character amid the festivities of the Carnival in Salvador, Falcão creates a Brazilian decolonial narrative, which subverts the hegemonic discourses from the North via anthropophagy and parody.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

  • Caio Antônio Nóbrega, Universidade Federal da Paraíba

    Doutorando em Letras pela Universidade Federal da Paraíba (PPGL - UFPB). Bolsista do CNPq.

  • Genilda Azerêdo, Universidade Federal da Paraíba

    Doutora em Letras pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Professora dos cursos de Graduação e Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Pesquisadora PQ2 do CNPq.

References

ANDRADE, O. Os dentes do dragão. São Paulo: Globo, 2009.
ANDRADE, O. “Manifesto da Poesia Pau-Brasil”. In: ROCHA, J. C. de C.; RUFFINELLI, J. (orgs.). Antropofagia hoje?: Oswald de Andrade em cena. São Paulo: É Realizações, 2011a, p. 21-25.
ANDRADE, O. “Manifesto Antropófago”. In: ROCHA, J. C. de C.; RUFFINELLI, J. (orgs.). Antropofagia hoje?: Oswald de Andrade em cena. São Paulo: É Realizações, 2011b, p. 27-31.
BAKHTIN, M. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais. Trad. Yara F. Vieira. São Paulo: Hucitec; Brasília: Ed. da Universidade de Brasília, 1987.
BHABHA, H. O local da cultura. Trad. Myriam Ávila, Eliana Lourenço de Lima Reis e Gláucia Renate Gonçalves. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1998.
BLOOM, H. O cânone ocidental: os livros e a escola do tempo. Trad. Marcos Santarrita. Rio de Janeiro: Objetiva, 1995.
CAMPOS, H. Metalinguagem & outras metas: ensaios de teoria e crítica literária. 4. ed. São Paulo: Perspectiva, 2006.
CASTRO, E. V. A inconstância da alma selvagem. São Paulo: Cosac & Naify, 2002.
FALCÃO, A. Sonho de uma noite de verão. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007.
FURTADO, J. Trabalhos de amor perdidos. Rio de Janeiro: Objetiva, 2006.
GRADY, C. “Why some people think Shakespeare didn't write Shakespeare, explained”. Vox, 2016. Disponível em: https://www.vox.com/2016/4/22/11480192/shakepeare-400-anti-stratfordian-authorship-controversy. Acesso em: 04 de abril de 2019.
HUTCHEON, L. Uma teoria da paródia: ensinamentos das formas de arte do século XX. Trad. Teresa Louro Pérez. Lisboa: Edições 70, 1989.
HUTCHEON, L. Uma teoria da adaptação. 2. ed. Trad. André Cechinel. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2013.
KEENAN, S; SHELLARD, D. “Introduction”. In: _______. (Orgs.). Shakespeare’s cultural capital: his economic impact from the Sixteenth to the Twenty-first Century. London: Palgrave Macmillan, 2016, p. 1-12.
KLENGEL, S. From ‘cultural cannibalism’ to metalinguistic novel-writing. Intellectual News, v. 6, n. 1, p. 57-65, 2000.
KORKUT, N. Kinds of parody: from the Medieval to the Postmodern. 2005. 185 f. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) – Graduate School of Social Sciences, Middle East Technical University, Ankara, 2005.
LANIER, D. Shakespeare and modern popular culture. Oxford: Oxford University Press, 2002.
LANIER, D. Shakespeare and cultural studies: an overview. Shakespeare, v. 2, n. 2, p. 228-248, 2006.
MASSAI, S. “Defining local Shakespeares”. In: _______. (org.). World-wide Shakespeares: local appropriations in film and performance. London: Routledge, 2005, p. 3-11.
MIGNOLO, W. Desobediência epistêmica: a opção descolonial e o significado de identidade em política. Caderno de Letras da UFF, n. 34, p. 287-324, 2008.
MIGNOLO, W. The darker side of Western Modernity: global futures, decolonial options. Durham and London: Duke University Press, 2011.
MONTIRONI, M. E. The Simpsons’ Shakespeare: Hamlet today. Possible meanings and consequences of a parodic appropriation. Between, v. 2, n. 4, 2012, p. 1-20.
OLSSON, M. R. Making sense of Shakespeare: a cultural icon for contemporary audiences. Cosmopolitan civil societies journal, v. 5, n. 3, 2013, p. 14-31.
ORKIN, M. Local Shakespeares: proximations and power. London: Routledge, 2005.
PAVIS, P. O teatro no cruzamento de culturas. Trad. Nanci Fernandes. São Paulo: Perspectiva, 2008.
RESENDE, A. da C. “Introduction: Brazilian appropriations of Shakespeare”. In: _______. (org.). Foreign accents: Brazilian reading of Shakespeare. London: Associated University Press, 2002, p. 11-41.
RINCÓN, C. “Antropofagia, reciclagem, hibridação, tradução ou: como apropriar-se da apropriação”. In: ROCHA, J. C. de C.; RUFFINELLI, J. (orgs.). Antropofagia hoje?: Oswald de Andrade em cena. São Paulo: É Realizações, 2011, p. 545-560.
SANTIAGO, S. Uma literatura nos trópicos: ensaios sobre a dependência cultural. 2. ed. Rio de Janeiro: Rocco, 2000.
VERISSIMO, L. F. A décima segunda noite. Rio de Janeiro: Objetiva, 2006.

Published

2019-10-13

How to Cite

Nóbrega, C. A., & Azerêdo, G. (2019). Devouring Shakespeare in a Brazilian midsummer night’s dream. Revista Criação & Crítica, 1(24), 51-68. https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.v1i24p51-68