Filologia ativa: Barthes e Nietzsche
DOI :
https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i30p458-482Mots-clés :
Barthes, Nietzsche, FilologiaRésumé
A presente tradução tem por objetivo contribuir para a divulgação de pesquisas acerca da influência germânica no pensamento de Roland Barthes: ainda que se tenha aí um amplo campo de estudos, esse está longe de se esgotar.
Isso, pois, como veremos adiante no artigo, tal pesquisa é uma empreitada em muitos sentidos, sendo um deles o mais óbvio – o fato de que Barthes não lia em alemão, coisa que ao passo que atiça a curiosidade do pesquisador é também um problema que pode enredá-lo, já que tal fato dificulta que se rastrei por onde passaram tais leituras, sempre traduzidas e mediadas.
Contudo, em certo sentido, pode-se dizer que se tem nesse problema a sua solução: compreender a influência dos escritos germânicos no bojo da cultura e da língua amadas por Barthes, fazendo-se necessárias as leituras de Derrida e Deleuze, especialmente no tocante aos estudos nietzschianos – e talvez o mais importante para sua solução, isso é, sermos barthesiano antes de tentarmos enquadrar Barthes, como o faz Shane Weller a seguir, repensando a relação de Nietzsche com Barthes no cerne do projeto barthesiano de libertação textual, obviamente barrando qualquer possibilidade de rastreamente teórico assertivo.
Para tanto, aqui optamos por manter o artigo o mais fidedigno possível ao original, de modo a ajudar o leitor, uma vez que isso se trata de uma tradução brasileira de um artigo inglês sobre a influência germânica no pensamento de um francês. Assim, em português fluente, aqui o leitor terá acesso à leitura de Shane Weller traduzida em léxico mais sóbrio e técnico, reproduzindo-se o original. Sobre as citações e referências feitas pelo autor, aqui se encontra seu equivalente em versão brasileira seguindo este padrão: tudo foi vertido do inglês, salvo as referências bibliográficas sem tradução brasileira. O uso do francês neste artigo foi mantido embora traduzido em notas de rodapé ou no próprio corpo do texto (também de modo a não nos afastarmos do autor nem aumentarmos as notas de rodapé), de maneira que todas as citações e referências que não se encontrarão aqui em português é devido ao fato de não estarem traduzidas, salvo O Prazer do texto, do qual optamos por fazer a nossa própria versão.
Ainda sobre as traduções brasileiras de Barthes, aqui usamos as versões de seus mais estabelecidos estudiosos, e quando as obras referenciadas eram inéditas em português ou não se encontravam no rol de seus estudiosos consagrados, optamos por tradução livre, devidamente indicada. E o mesmo vale para as obras de Nietzsche, Derrida e Deleuze.
##plugins.themes.default.displayStats.downloads##
Références
ADORNO,T. Dialética Negativa. Tradução de Marco Antonio Casanova. Rio de Janeiro: Zahar, 2009.
DELEUZE,G. Nietzsche e a filosofia. São Paulo: n-1 edições, 2018.
DERRIDA, A Escritura e a diferença. Paris: Seuil, 1967.
DERRIDA, J. A Escritura e a diferença. Tradução de Maria Beatriz Marques Nizza da Silva.
São Paulo: Editora Perspectiva. 2a edição.
BARTHES,R. Comment vivre ensemble:simulations romanesques de quelques espaces quotidiens. Notes de cours et de séminaires au Collège de France, 1976–1977, ed. por Claude Coste. Paris: Seuil/IMEC, 2002.
BARTHES, R. Œuvres complètes, 3 vols, ed. por Éric Marty. Paris: Seuil, 1995.
BARTHES, R. Le Lexique de l’auteur: séminaire à l’École pratique des hautes études 1973–1974. Suivi de fragments inédits du ‘Roland Barthes par Roland Barthes’, ed. por Anne Herschberg Pierrot. Paris: Seuil, 2010.
BARTHES, R. La Préparation du roman cours au Collège de France 1978-1979 et 1979-1980,
ed. por Nathalie Léger. Paris: Seuil, 2015.
BARTHES, R. Como viver junto. Tradução de Leyla Perrone-Moisés. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
BARTHES, R. Roland Barthes por Roland Barthes. Tradução de Leyla Perrone-Moisés. São Paulo: Estação Liberdade, 2003.
BARTHES, R. O império dos signos. Tradução de Leyla Perrone-Moisés, São Paulo: Martins Fontes, 2007.
BARTHES, R. O rumor da língua. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2012.
BARTHES, R. O Neutro.Tradução de Ivone Castilho Benedetti. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
KLOSSOWSLI, P. Nietzsche e o círculo vicioso. Paris: Mercure de France, 1969.
NIETZSCHE, F. Vie et vérité, ed. por Jean Garnier. Paris: Presses universitaires de France, 1971.
NIETZSCHE, F. A Gaia Ciência. Tradução de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia de Bolso, 2012.
NIETZSCHE, F. Aurora. Tradução de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia de Bolso, 2016.
NIETZSCHE, F. O Anticristo. Tradução de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia de Bolso, 2016.
NIETZSCHE, F. O nascimento da tragédia. Tradução de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia de Bolso, 2020
NIETZSCHE, F. Obras incompletas / Friedrich Nietzsche. Tradução de Rubens Rodrigues Torres Filho. São Paulo: ed. 34, 2014.
NIETZSCHE, F. Writings from the Late Notebooks, ed. by Rüdiger Bittner, trans. by Kate Sturge. Cambridge: Cambridge University Press, 2003.
SAMOYAULT, T. Roland Barthes: biographie. Paris: Seuil, 2015.
SOLLERS, P. L’Amitié de Roland Barthes. Paris: Seuil, 2015.
VATTIMO. O fim da Modernidade: Niilismo e hermenêutica na cultura pós-moderna.
Tradução de Eduardo Brandão. São Paulo: Martins Fontes, 2012.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Copyright Julia Bunemer Nojiri 2021
Ce travail est disponible sous licence Creative Commons Attribution - Pas d’Utilisation Commerciale - Partage dans les Mêmes Conditions 4.0 International.
Les auteurs qui publient dans cette revue acceptent les termes suivants :
- Les auteurs conservent le droit d'auteur et accordent à la revue le droit de première publication, avec le travail sous la Licence Creative Commons Attribution qui permet le partage du travail avec reconnaissance de l'auteur et de la publication initiale dans cette revue scientifique.
- Les auteurs sont autorisés à assumer des contrats supplémentaires séparément, pour une distribution non exclusive de la version de la contribution publiée dans cette revue (par exemple, publication institutionnelle ou en tant que chapitre de livre), avec reconnaissance de la publication initiale et originale dans cette revue.
- Les auteurs sont autorisés et encouragés à publier et distribuer leur travail en ligne (par exemple auprès de leurs institutions ou sur leur page personnelle) à tout moment avant ou pendant le processus éditorial, car cela peut générer des échanges académiques productifs, ainsi qu'une croissance de l'impact et de la citation de l'article publié (Voir The Effect of Open Access).
##plugins.generic.funding.fundingData##
-
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
##plugins.generic.funding.funderGrants## 135559/2020-0