Vozes de Maryse Condé

Autores

  • Viviane Araújo Alves da Costa Pereira Universidade Federal do Paraná
  • Jéssica Andrade de Lara Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i38p%25p

Palavras-chave:

Maryse Condé, crítica literária, Traversée de la mangrove

Resumo

A obra de Maryse Condé faz ressoar uma multitude de vozes: as narradoras ficcionais dos romances caminham ao lado de autorrepresentações da escritora em seus textos mais marcadamente autobiográficos. Ainda podemos ouvir diferentes entonações da voz de Condé em textos de crítica, ensaios, entrevistas ao longo de uma trajetória de mais de cinquenta anos de presença no meio editorial. Neste artigo, propomos revisitar textos de crítica publicados por Maryse Condé em periódicos (Présence Africaine, 1975-1976; Yale French Studies, 1993), retomados na tese le Stéréotype du noir dans la littérature antillaise Guadeloupe-Martinique, e os entrelaçamentos possíveis com seus romances, especialmente Traversée de la mangrove (1989). No diálogo entre diferentes pontos de vista a partir de gêneros também diversos, buscamos refletir sobre a autorrepresentação de Maryse Condé na produção crítica, marcada pela valorização do novo (PERRONE-MOISÉS, 1994) e pela criação de um espírito de oposição, e sobre as ressonâncias de tais posturas em sua produção ficcional.

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Publicado

2024-06-14

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Pereira, V. A. A. da C., & Lara, J. A. de . (2024). Vozes de Maryse Condé. Revista Criação & Crítica, 38, 280-305. https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i38p%p