Como narrar o banal? – Jacques le fataliste sem destino e sem juízo final

Autores

  • André Luiz Barros

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.2015.102544

Palavras-chave:

Diderot, Romance moderno, Mimese, Literatura do século XVIII

Resumo

Procuramos mostrar que conceitos enunciados pelo Diderot dos escritos teórico-críticos, como o Paradoxe sur le comédien ou a Entretien entre d’Alembert et Diderot, ajudam a esclarecer a complexa figuração do romance Jacques le fataliste et son maître. Essa última constituiria uma espécie de tratado sobre a própria mimese e a possibilidade de narrar em momento de mutação cultural ampla.
Trata-se de perceber como o novo foco na consciência individual como base do romance, e a estrutura do “pergaminho já escrito nos céus” integra uma nova forma narrativa em que a onisciência e a impotência individual interagem paradoxalmente. Essa estrutura complexa aponta para um vazio da mimese, em que o narrar não tem mais as balizas nem do destino mitológico, nem da seta teleológica do juízo final, restando a ele tratar do aqui-e-agora banal e arriscado do agir. 

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Publicado

2015-08-19

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Barros, A. L. (2015). Como narrar o banal? – Jacques le fataliste sem destino e sem juízo final. Discurso, 45(1), 133-152. https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.2015.102544