Consciência e reflexão no Ensaio de Locke

Autores

  • Vinícius França Freitas Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.2022.200495

Palavras-chave:

história da filosofia, consciência, reflexão, John Locke

Resumo

O artigo discute as noções de ‘consciência’ e ‘reflexão’ no Ensaio sobre o entendimento humano de John Locke. Apresentam-se dois critérios para se distinguir entre ambas as atividades mentais. Primeiramente, a consciência é uma atividade passiva, involuntária e não depende de atenção para ser exercida, diferentemente da reflexão, que, ao menos em um de seus graus – pois Locke concebe a existência de dois graus de reflexão –, é uma atividade ativa, voluntária e atenciosa da mente. Em segundo lugar, a consciência se distingue da reflexão na medida em que ela é uma atividade mental geradora de juízos / crenças, diferentemente da reflexão, cujas atividades apenas produzem ideias. Enquanto a consciência permite ao ser humano conhecer – julgar sobre e acreditar em suas atividades e estados mentais –, a reflexão é apenas uma capacidade mental de ter ideias e, enquanto tal, não é passível de ser verdadeira ou falsa.

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Publicado

2022-06-30

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Freitas, V. F. (2022). Consciência e reflexão no Ensaio de Locke. Discurso, 52(1), 84–100. https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.2022.200495