A ciência que sonha e o verso que investiga: o filosofar erótico de Olgária Matos

Autores

  • Aléxia Bretas Universidade Federal do ABC

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.2023.213912

Palavras-chave:

Olgária Matos, filosofar erótico, musa da filosofia, humanidades, Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo

Resumo

Olgária Chain Féres Matos é professora titular aposentada pelo Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo e professora titular no Departamento de Filosofia da Universidade Federal de São Paulo. Sua trajetória tem início em fins dos anos 1960, quando ingressa como estudante na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, então situada à rua Maria Antonia. Rousseau, Marcuse, Adorno, Derrida e principalmente Walter Benjamin são algumas de suas referências filosóficas mais importantes, a partir das quais a filósofa compõe uma constelação de ideias animadas pelo afeto e pelo erótico. Tendo a utopia como bússola, o desvio como método e a astúcia como guia, seu esforço constantemente renovado é o de iluminar os clássicos com a potência do efêmero e o brilho questionador do extemporâneo.

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Publicado

2023-06-30

Edição

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Artigos

Como Citar

Bretas, A. (2023). A ciência que sonha e o verso que investiga: o filosofar erótico de Olgária Matos. Discurso, 53(1), 40–59. https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.2023.213912