Marcuse, Davis e as dimensões estéticas do feminismo
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.2023.213915Palavras-chave:
feminismo, Marcuse, Davis, dimensão estética, nova sensibilidade, libertaçãoResumo
A perspectiva feminista de Angela Davis e Herbert Marcuse será aqui apresentada explorando três pontos que se encontram interligados: (1) as características consideradas especificamente femininas, (2) a desigual igualdade sexual na exploração do trabalho e (3) o potencial político radical do feminismo em movimentos de libertação. Para apresentar os dois primeiros pontos, utilizaremos textos de Herbert Marcuse; para o último, recorremos também a Angela Davis. Veremos, na sequência, como os dois teóricos críticos e ativistas mostram com clareza as transformações socioculturais ocorridas quando mulheres recorreram à dimensão estética – música, no nosso estudo de caso – como uma espécie de aliada capaz de fornecer uma trincheira mesmo nos tempos sombrios, como os de agora. Juntas, Davis e Marcuse podem despertar novas esperanças.
Downloads
Referências
Barroso, N.; Kangussu, I. (2021) “Angela Davis, as mulas do mundo e a música: por um novo paradigma”. In: Filósofas. Curitiba: Kotter Editorial, p. 245-254.
Blumenfeld, R. (2020) “How a 15,000-Year-Old Human Bone Could Help You Through the Coronacrisis”. Forbes. Mar 21, 2020. Disponível em: www.forbes.com.
Brown, W. (2006) “Feminist Theory and the Frankfurt School: Introduction”. Differences: A Journal of Feminist Cultural Studies 17(1), p. 1-5. Doi: 10.1215/10407391-2005-001.
Buck-Morss, S. (2017) Hegel e o Haiti. Trad. Sebastião Nascimento. São Paulo: n-1 edições.
Davis, A. Y. (1998) Blues Legacies and Black Feminism: Gertrude “Ma” Rainey, Bessie Smith, and Billie Holiday. New York: Vintage.
Davis, A. Y. (2016) Freedom is a constant struggle. Chicago: Haymarket Books.
Davis, A. Y; Davis, F. (2016a) “The Radical Work of Healing: Fania and Angela Davis on a New Kind of Civil Rights Activism”, interview by Sarah van Gelder, Feb 19, 2016. Disponível em: www.yesmagazine.org.
Davis, A. Y. (2017) “Foreword”. In: Lamas, A. T.; Wolfson, T.; Funke, P. (orgs.) The Great Refusal. Herbert Marcuse And Contemporary Social Movements. Philadelphia: Temple University Press, p. vi-xi.
Davis, A. Y. (2018) “On the death of Toni Morrison”, interview in YouTube.
González, L. (2020) “Cultura, etnicidade e trabalho: efeitos linguísticos e políti-cos da exploração da mulher”. In: Rios, F.; Lima, M. (orgs.). Por um feminismo afro-latino-americano: ensaios, intervenções e diálogos. Rio de Janeiro: Zahar, p. 18-34.
Hurston, Z. N. (2021) Seus olhos viam Deus. Trad. Marcos Santarrita. Rio de Ja-neiro: Record.
Hurston, Z. N. (1999) Their Eyes Were Watching God. New York: Perennial Classics.
Love, H. (2017) “Queer Critique, Queer Refusal”. Lamas, A. T.; Wolfson, T.; Funke, P. (orgs.) The Great Refusal. Herbert Marcuse And Contemporary Social Movements. Philadelphia: Temple University Press, p. 118-131.
Marcuse, H. (1966). Eros and Civilization. A Philosophical Inquiry into Freud. Boston: Beacon Press.
Marcuse, H. (1969). An Essay on Liberation. Boston: Beacon Press.
Marcuse, H. (1970). “Art as a Form of Reality”. In: Fry, E. (org.). On the Future of Art. New York: Viking Press, p. 123-132.
Marcuse, H. (1972). Counter-Revolution and Revolt. Boston: Beacon Press.
Marcuse, H. (1974). “Marxism and Feminism”. Women’s Studies, 2(1), p. 279-288.
Marcuse, H. (1978). The Aesthetic Dimension. Toward a Critique of Marxist Aesthetic. Boston: Beacon Press.
Marcuse, H. (2001). “The Historical Fate of Bourgeois Democracy”. In: Kellner, D. (org.). Towards a Critical Theory of Society. Collected Papers of Herbert Marcuse. Vol. 2. London and New York: Routledge, p. 163-186.
Marcuse, H. (2001a). “A Revolution in Values”. In: Kellner, D. (org.). Towards a Critical Theory of Society. Collected Papers of Herbert Marcuse. Vol. 2. London and New York: Routledge, p. 193-202.
Marcuse, H. (2017). “The Radical Transformation of Norms, Needs, and Values”. In: Jansen, P.-E.; Surak, S.; Reitz, C. (orgs.). Transvaluation of Values and Radical Social Change – Five New Lectures. International Herbert Marcuse Society, p. 51-60.
Marcuse, H; Bovenschen, S.; Shuller, M. (1978) “Weiblichkeitsbilder”. In: Habermas, J.; Bovenschen, S. (orgs.) Gespräche mit Herbert Marcuse. Frankfurt: Suhrkamp, p. 65-87.
Power, N. (2013) “Marcuse and Feminism Revisited”. Radical Philosophy Review, 16(1), p. 73-80.
Steuernagel, T. (1994). “Marcuse, the Women’s Movement, and Women’s Studies”. In: Bokina, J.; Lukes, T. Marcuse: from the New Left to the Next Left. Lawrence: University of Kansas, p. 89-105.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Imaculada Kangussu

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
O trabalho da Discurso foi licenciado com uma Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International.
Os autores aqui publicados mantém os direitos sobre seus artigos
De acordo com os termos seguintes:
-
Atribuição [BY] — Deve-se dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas.
-
NãoComercial [NC] — É proibido o uso deste material para fins comerciais.
-
CompartilhaIgual [SA] — Caso haja remixagem, transformação ou criação a partir do material, é necessário distribuir as suas contribuições sob a mesma licença que o original.