Vieira em movimento: subjacências da distinção entre tapuias, tupis e negros
DOI:
https://doi.org/10.1590/s0103-4014.2019.3397.010Palavras-chave:
Antonio Vieira, Direito natural, Escravidão, Tapuias, Império portuguêsResumo
A Igreja cristã foi constituída no contexto de expansão do Império Romano, do qual a escravidão era um fundamento importante. Apesar de seu discurso redentor, ela aceitou e integrou a escravidão em sua doutrina e instituições. Mas, foi com base na doutrina agostiniana da escravidão que a Igreja se adaptou a uma conjuntura propriamente escravista, nos tempos modernos, quando o trabalho compulsório tornou-se não apenas um elemento central na reprodução de diferentes sociedades ocidentais, mas também um elemento de articulação entre essas sociedades, por meio do tráfico. Neste artigo, comentamos alguns textos do Padre Antonio Vieira que, trabalhando no maior centro escravista do mundo, no século XVII, recolheu as sínteses de teólogos e juristas, distinguindo e qualificando suas posições por meio de uma análise contextual.
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