Um país dentro da casa: o caráter político do espaço doméstico em três romances brasileiros
DOI:
https://doi.org/10.1590/s0103-4014.2019.3397.015Palavras-chave:
Casa-grande, Patriarcado, Família, Prisão, LoucuraResumo
A partir da análise do espaço da casa, o estudo comparativo dos romances Fogo morto, de José Lins do Rego (1943), A menina morta, de Cornélio Penna (1954), e Crônica da casa assassinada, de Lúcio Cardoso (1959), permite entrever complexo quadro de relações entre forma romanesca e sociedade brasileira. São romances cujos enredos transcorrem no interior ou à sombra do espaço doméstico cujo significado aponta para as especificidades da sociedade brasileira ancorada na estrutura e no funcionamento do modo de produção escravista, expresso pela significativa presença do lar como casa-grande. Ao formular as especificidades locais, a casa-país transfigura-se em prisão, hospício e espaço tumular.
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