O mercado de trabalho da agroindústria canavieira: desafios e oportunidades
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1413-80502007000400008Palavras-chave:
mercado de trabalho, proibição da queima de cana-de-açúcar, mecanização da colheita, indicadores sociaisResumo
O crescimento da produção de açúcar e álcool, devido ao aumento do uso de álcool combustível, tanto no Brasil quanto para atender a demanda externa, bem como por causa do crescimento das exportações de açúcar, traz ótimas perspectivas para o setor. Contudo, a proibição da queima da cana-de-açúcar como método de despalha faz acelerar a mecanização da colheita, com impactos negativos sobre o número de empregados da lavoura canavieira, visto que serão criados empregos na indústria do açúcar e do álcool, mas haverá redução dos mesmos na área agrícola. Ademais, haverá mudança no perfil requerido do trabalhador agrícola, atualmente de baixa escolaridade. Em 2005, segundo a PNAD, havia 519.197 empregados na cultura da cana-de-açúcar do Brasil, cuja escolaridade média era de 3,9 anos de estudo; 70% tinham até quatro anos de estudo e, destes, 154.598 podem ser considerados analfabetos funcionais (até 1 ano de estudo). Considerando-se que muitos são migrantes dos Estados mais pobres do Brasil, evidencia-se a necessidade de política pública nos locais de origem, dado o cenário de redução de demanda pelos trabalhadores de baixa escolaridade.Downloads
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Publicado
2007-12-01
Edição
Seção
Debates
Como Citar
Moraes, M. A. F. D. de. (2007). O mercado de trabalho da agroindústria canavieira: desafios e oportunidades. Economia Aplicada, 11(4), 605-619. https://doi.org/10.1590/S1413-80502007000400008