Será que ainda amamos as crianças?
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v28i3p328-340Palavras-chave:
discurso capitalista, castração, humanização, laço social, infânciaResumo
Cruzando o processo de subjetivação com a lógica que explica a forma contemporânea do laço social, é possível tanto extrair os elementos necessários à criança para se realizar (emancipar-se do Outro parental, para que, como sujeito, seja responsável por sua posição e seus atos; dotar-se de uma solução que lhe permita se inserir no laço social; que ela coloque sua vida em uma narrativa congruente com àquela coletivamente compartilhada) quanto buscar identificar o que contraria a sua realização (o apagamento da singularidade em favor de uma individualidade formatada pelas ideologias neoliberais e o discurso capitalista). Este artigo propõe uma reconstrução isolando conceitos (desejo, gozo, sintoma) para pensar como cada um aloja que é singular no coletivo sem se dissolver na massa e sem estilhaçá-lo no rochedo da singularidade.
Downloads
Referências
Aguayo, V. (2019) relator do programa de nutrição da UNICEF, citado por Le Monde com AFP. Publicado em 15 out. 2019, 03h12. Atualizado em 15 out. 2019, à 10h19.
Arènes, J. (2021), L’art secret de faire des enfants. Essai sur les tourments du temps et de la filiation, Paris, Cerf.
Ariès, P. (1960), L'Enfant et la vie familiale sous l'Ancien Régime, Plon.
Bruno, P. (2017). « Une personnalité peut-elle être harmonieuse ? Être de filiation ou être de symptôme », in Guillen, A. (org.), Essais d’épistémologie pour la psychiatrie de demain. Toulouse, Érès, pp. 67-79, DOI : https://doi.org/10.3917/eres.guil.2017.01
Bruno, P. (2014) « Le transcendant », in Pierre Bruno et Marie-Jean Sauret, Du divin au divan, Recherche en psychanalyse, Toulouse, Erès, pp. 89-93, Doi : https://doi.org/10.3917/eres.saure.2014.01
Castel, P.-H. (2021) Mais pourquoi psychanalyser les enfants ?, Paris, Cerf.
Cochet, C. (2019). Devant l'effondrement. Essai de collapsologie, éd. Les Liens qui Libèrent, set. 2019.
Fache, A. (2019). « Les violences sexuelles sur les enfants, fléau massif et caché », L’Humanité, 8 out. 2019, p. 14.
Freud, S. (1956/2009). La naissance de la psychanalyse : Lettres à Wilhelm Fliess, notes et plans (1887-1902), suivi de l' Esquisse pour une psychologie scientifique, réédition Paris, PUF.
Freud, S. (1905/1992). Le mot d'esprit et sa relation à l'inconscient (1905), Gallimard, Folio.
Freud, Métapsychologie (1915-1917/2010), PUF.
Freud, S. (1912/2004). Totem et Tabou, Totem et Tabou, Payot, coll. « Petite Bibliothèque Payot » : OCF.P, XI, p. 189-386.
Freud, S. (1915/2018), Pulsions et destin des pulsions, Paris, Petite Bibliothèque Payot
Freud, S. (1930/2004). Malaise dans la civilisation in Le Malaise dans la Culture, PUF.
Harari, Y. N. (2017). Homo Deus, une brève histoire de l’avenir, Paris, Albin Michel.
Françoise Héritier, Les Deux Sœurs et leur Mère : anthropologie de l'inceste, Paris, Odile Jacob, 1997.
Hugo, V. (1985). L’art d’être grand-père, Paris, Flammarion.
IFOP, Fondation Jean-Jaurès. (2018). Enquêtes sur les violences sexuelles, acesso em 9 jun. 2021 em https://www.ifop.com/publication/enquete-sur-les-violences-sexuelles/
Lacan, J. (1960-1961). Le Séminaire VIII : Le transfert (1960-1961), document de travail de l’ALI, leçon du 23 novembre 1960 (version Seuil 2001).
Lacan, J. (2001). “Alocução sobre as psicoses da criança”, Outros escritos, trad. Vera Ribeiro, Rio de Janeiro, Zahar, 2003. (« Allocution de clôture sur les psychoses de l’enfant », Autres écrits, Paris, Seuil, pp. 361-371. Obra original publicada em 1968.)
Lacan, J. (1976). Le Séminaire Livre XXIII : Le Sinthome, aula de 13 abr. 1976, documento de trabalho da ALI (versão Seuil 2005).
Le Roy Ladurie, E. (1979). « L'allaitement mercenaire en France au XVIIIe siècle », La nourriture. Pour une anthropologie bioculturelle de l'alimentation, Communications, Année 1979 31 pp. 15-21, acesso em 8 jun. 2021 em https://www.persee.fr/doc/comm_0588-8018_1979_num_31_1_1466
Marinopoulos, S. (2019). Une stratégie nationale pour la Santé Culturelle. Promouvoir et pérenniser l’éveil culturel et artistique de l’enfant de la naissance à 3 ans dans le lien à son parent (ECA-LEP), relatório ao ministro da Cultura, Mission « Culture petite enfance et parentalité », jan. 2019. Disponível em :///C:/Users/Marie-Jean/Downloads/SYNTHESE%20Rapport%20Strat%C3%A9gie%20Sant%C3%A9%20Culturelle%20S.Marinopoulos%20fev%202019.pdf.
Ohayon, A. (1999). L’impossible rencontre. Psychologie et psychanalyse en France (1919-1969), Paris, Éditions La Découverte.
Onfray, M. (2010). Le Crépuscule d'une idole : L'Affabulation freudienne, Paris, Grasset.
Prochiantz, A. (2019). Singe toi-même, Paris, Odile Jacob.
Sauret, M.-J. (2005). « L’enfant branché », La Clinique lacanienne, dossier : « De la féminité », 2005/2, n° 11, pp. 91-108, Doi : https://doi.org/10.3917/cla.010.0021
Sauret, M.-J. (2017). La bataille politique de l’enfant, Toulouse, Erès, 2017, Doi : https://doi.org/10.3917/eres.saure.2017.01
Sauret, M.-J. (2020). « Le symptôme scolaire », Cliniques méditerranéennes – Psychanalyse et psychopathologie freudiennes, dossier « Le sujet et la scolarité », n° 102, pp. 77-91, Doi : https://doi.org/10.3917/cm.102.0077
Sauret, M-J. (2023), De la politique et de la psychanalyse : pas sans l’amour, Toulouse, Erès, collection Entre les lignes.
Sheffer, E. (2019). Les enfants d’Asperger, sous-titré Le dossier noir des origines de l’autisme, Paris, Flammarion.
Schovanec, J. (2012). Je suis à l’Est. Savant et autiste, un témoignage unique, préface de Jean-Claude Ameisen, avant-propos de Sophie Revil, Paris, Plon.
Süskind, P. (1988). Le parfum, histoire d’un meurtrier Paris, LGF, Livre de poche.
Tajan, N. (2017). Génération Hikikomori, Paris, L’Harmattan.
Tardif, F. (2019). « Grenelle des violences conjugales : les dix chiffres à connaître », CNEWS, Atualizado em 3 set. 2019,12h32. Publicado em 3 set. 2019, 6h19, acesso em 8 jun. 2021 em https://www.cnews.fr/france/2019-09-03/grenelle-des-violences-conjugales-les-10-chiffres-connaitre-874922#:~:text=47%2C7%20%25%20des%20décès%20au,29%2C5%20%25%20des%20affaires
Tréhel, G. (2013). « Sigmund Freud, Julius Wagner von Jauregg, Arnold Durig, Julius Tandler », L'information psychiatrique 2013/7 (Volume 89), pp. 587 à 598, Doi : https://doi.org/10.3917/inpsy.8907.0587
UNICEF. (2019) Situação Mundial da Infância 2019 – Crianças, alimentação e nutrição, https://www.unicef.org/brazil/relatorios/situacao-mundial-da-infancia-2019-crianca-alimentacao-e-nutricao
Veyne, P. (1992). Les Grecs ont-ils cru à leurs mythes ? Essai sur l'imagination constituante, Paris, Éditions du Seuil, « Points-histoire ».
Yahiaoui, G. (2018). Adolescence, de l’insertion de l’individu à l’inscription du sujet : passage en protection de l’enfance, tese de doutorado em Psicopatologia Clínica, Universidade de Toulouse 2 Jean-Jaurès.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Marie-Jean Sauret
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
O envio dos manuscritos deverá ser acompanhado de Carta à Comissão Executiva solicitando a publicação. Na carta, o(s) autor(es) deve(m) informar eventuais conflitos de interesse - profissionais, financeiros e benefícios diretos ou indiretos - que possam vir a influenciar os resultados da pesquisa. Devem, ainda, revelar as fontes de financiamento envolvidas no trabalho, bem como garantir a privacidade e o anonimato das pessoas envolvidas. Portanto, o(s) autor(es) deve(m) informar os procedimentos da aprovação da pesquisa pelo Comitê de Ética da instituição do(s) pesquisador(es) com o número do parecer.
O material deve ser acompanhado também de uma Declaração de Direito Autoral assinada por todo(s) o(s) autor(es) atestando o ineditismo do trabalho, conforme o seguinte modelo:
Eu, Rinaldo Voltolini, concedo à revista o direito de primeira publicação e declaro que o artigo intitulado Sobre uma política de acolhimento de professores em situação de inclusão, apresentado para publicação na revista Estilos da Clínica, não foi publicado ou apresentado para avaliação e publicação em nenhuma outra revista ou livro, sendo, portanto, original.