Tudo começa no hospital: narrativas maternas sobre a hospitalização do bebê cronicamente adoecido
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v29i2p170-184Palavras-chave:
doenças crônicas, bebês, hospitalização, unidade neonatal, função maternaResumo
Esta pesquisa investigou narrativas maternas sobre a hospitalização de seus bebês cronicamente adoecidos, em uma maternidade pública do município de São Paulo, no ano de 2022, a partir da análise temática de quatro entrevistas semiestruturadas. O material coletado foi discutido em articulação com as contribuições da psicanálise, organizado em três eixos centrais. As mães entrevistadas parecem ter encontrado caminhos para o exercício da função materna e constituição do laço com seu bebê. Suas experiências foram marcadas por sentimentos ambivalentes e relatos de sofrimento psíquico que demandam cuidados em saúde mental. Buscou-se criar aproximações com a realidade estudada, lançando um olhar para experiências originais de maternagem e para a importância da construção de dispositivos de cuidado atentos às necessidades das figuras parentais e de seus bebês em contexto de hospitalização e adoecimento.
Downloads
Referências
Azevedo, C. da S., & Pfeil, N. V. (2019). No fio da navalha: a dimensão intersubjetiva do cuidado aos bebês com condições crônicas complexas. Physis: Revista de Saúde Coletiva [online], 29 (4), e290406. https://doi.org/10.1590/S0103-73312019290406.
Bernardino, L. M. F. (2006). O que a psicanálise pode ensinar sobre a criança, sujeito em constituição. São Paulo: Escuta.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica (2002). Saúde da Criança: acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil. Brasília: Ministério da Saúde.
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.130. (2015, 5 de agosto). Institui a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Recuperado de https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2015/prt1130_05_08_2015.html.
Crônico. (2022). In Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa Online: Michaelis. São Paulo: Editora Melhoramentos. Recuperado de https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/crônico/.
Cohen, E. Kuo, D. Z., Agrawal, R., Berry, J. G., Bhagat, S. K., Simon, T. D., & Srivastava R. (2011). Children with medical complexity: an emerging population for clinical and research initiatives. Pediatrics, 127 (3), 529-538. doi: 10.1542/peds.2010-0910
Gomes, T. R. A., & Santos, A. F. de O. (2020). A relação mãe-bebê prematuro na UTI neonatal: um olhar winnicottiano. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 12 (2), e2422. https://doi.org/10.25248/reas.e2422.2020.
Jerusalinsky, J. (2000). Do neonato ao bebê: a estimulação precoce vai à UTI neonatal. Estilos da clínica [online], 5 (8), 49-63. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/pdf/estic/v5n8/06.pdf.
Mathelin, C. (1999). Da pulsão de morte ao desejo de vida, ou as vicissitudes de uma terapia intensiva. In D. B. Wanderley (Org.), Agora eu era o rei: os entraves da prematuridade (2a ed., pp. 17-34). Salvador: Ágalma.
Minayo, M. C. S. (2014). O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde (14a ed.). São Paulo: Hucitec.
Organização Mundial da Saúde. (2003). Cuidados inovadores para condições crônicas: componentes estruturais de ação (Relatório Mundial). Brasília: Ministério da Saúde.
Safra, G. (2005). A face estética do self: teoria e clínica. São Paulo: Unimarco.
Winnicott, D. W. (2020). Saber e aprender. In D. W. Winnicott, Bebês e suas mães (B. Longhi trad., pp. 493-501). São Paulo: Ubu Editora. (Trabalho original publicado em 1950).
Winnicott, D. W. (2021). A preocupação materna primária. In D. W. Winnicott, Da pediatria à psicanálise (D. Bogomoletz trad.). São Paulo: Ubu Editora. (Trabalho original publicado em 1956).
Winnicott, D. W. (2020). O recém-nascido e sua mãe. In D. W. Winnicott, Bebês e suas mães (B. Longhi trad., pp. 47-63). São Paulo: Ubu Editora. (Trabalho original publicado em 1964).
Winnicott, D. W. (2020). O ambiente saudável na infância. In D. W. Winnicott, Bebês e suas mães (B. Longhi trad., pp. 73-82). São Paulo: Ubu Editora. (Trabalho original publicado em 1967).
Winnicott, D. W. (2021). O conceito de indivíduo saudável. In D. W. Winnicott, Tudo começa em casa (P. C. Sandler trad., pp. 21-42). São Paulo: Ubu Editora. (Trabalho original publicado em 1967).
Winnicott, D. W. (2020). A comunicação do bebê com a mãe e da mãe com o bebê, comparada e contrastada. In D. W. Winnicott, Bebês e suas mães (B. Longhi trad., pp. 104-123). São Paulo: Ubu Editora. (Trabalho original publicado em 1968).
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Helena Battendieri Brotero de Castro, Carolina Valério Barros
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
O envio dos manuscritos deverá ser acompanhado de Carta à Comissão Executiva solicitando a publicação. Na carta, o(s) autor(es) deve(m) informar eventuais conflitos de interesse - profissionais, financeiros e benefícios diretos ou indiretos - que possam vir a influenciar os resultados da pesquisa. Devem, ainda, revelar as fontes de financiamento envolvidas no trabalho, bem como garantir a privacidade e o anonimato das pessoas envolvidas. Portanto, o(s) autor(es) deve(m) informar os procedimentos da aprovação da pesquisa pelo Comitê de Ética da instituição do(s) pesquisador(es) com o número do parecer.
O material deve ser acompanhado também de uma Declaração de Direito Autoral assinada por todo(s) o(s) autor(es) atestando o ineditismo do trabalho, conforme o seguinte modelo:
Eu, Rinaldo Voltolini, concedo à revista o direito de primeira publicação e declaro que o artigo intitulado Sobre uma política de acolhimento de professores em situação de inclusão, apresentado para publicação na revista Estilos da Clínica, não foi publicado ou apresentado para avaliação e publicação em nenhuma outra revista ou livro, sendo, portanto, original.
