A violência estrutural na América Latina na lógica do sistema da necropolítica e da colonialidade do poder
DOI:
https://doi.org/10.11606/extraprensa2018.145010Palavras-chave:
Violência e política, Violência e racismo, Violência e colonialidade do poderResumo
Este artigo propõe considerar a violência como um processo lógico das sociedades latino-americanas, imersas na colonialidade do poder. Assim, os atos violentos não são atitudes episódicas mas produto da tipologia de poder constituída para se manter os lugares subalternos dos países do continente no sistema-mundo. Para tanto, articulam-se os conceitos de violência do psicólogo Martin Baró, necropolítica, de Mbembe e colonialidade do poder, de Quijano. As bandeiras da democracia, justiça social, igualdade, direitos humanos e combate ao racismo são necessariamente articuladas num projeto de descolonialidade do poder.
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