O afroempreendorismo: saber tradicional, empoderamento e contribuição à indústria criativa
DOI:
https://doi.org/10.11606/extraprensa2019.153975Palavras-chave:
afroempreendedorismo, indústria criativa, tranças afro, empoderamentoResumo
Este artigo busca apresentar como cabeleireiros étnicos e trancistas usam a criatividade para elaborar a trança afro de modo a utilizar esse saber e novas narrativas como forma de afroempreendedorismo na indústria criativa. Para isso, optou-se por entrevista com a profissional conhecida como Deby Tranças, de Curitiba. A essa entrevista, somou-se observação em campo do trabalho que desenvolve unindo o saber tradicional com elementos atuais - como os novos materiais e cores, por exemplo - para elaborar as tranças. Entre diversas referências, partiu-se da concepção de indústria criativa abordada pelo Relatório de Economia da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD, 2012), uma vez que as tranças afro são um patrimônio imaterial e “utilizam criatividade e capital intelectual como insumos primários”. Com base em Joice Berth (2018), que conceitua empoderamento como instrumento de luta social, verifica-se que as novas narrativas empregadas vão ao encontro desse conceito, e configuram-se, assim, em contribuição relevante do afroempreendedorismo à indústria criativa.
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