As experiências diaspóricas de mulheres haitianas estudantes da Universidade Federal da Integração Latino-Americana
DOI:
https://doi.org/10.11606/extraprensa2019.157671Palavras-chave:
Diáspora, Migração feminina, Mulheres haitianas, Representatividade negra, Unila, Programa Pró-HaitiResumo
As experiências migratórias femininas, por ocorrerem em menor contingente, foram historicamente silenciadas. Também foram atribuídas a elas, de forma homogeneizante, a vinda para cá com o objetivo da reunião familiar – colocando-as de forma passiva diante desse fenômeno e invisibilizando a multiplicidade de suas vivências. Fundamentado na importância da perspectiva de gênero nas pesquisas sobre migrações, este trabalho propõe analisar a experiência diaspórica a partir do relato de seis mulheres haitianas estudantes da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), cujos ingressos se deram principalmente por meio do Programa Pró- Haiti, e, da exploração do diário de campo, em que foram registradas vivências compartilhadas com a comunidade haitiana durante os anos de 2016 e 2017. Além de abordar a trajetória de migração dessas mulheres, também pretende-se explorar suas atuações dentro desse espaço e a integração de saberes diversos com estudantes advindas/os de outros países, assim como suas pretensões futuras.
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