Exu como trickster: tresvaloração dos juízos morais no rap de Baco Exu do Blues
DOI:
https://doi.org/10.11606/extraprensa2019.162862Palavras-chave:
Juízos Morais, Identidade, Exu, Trickster, RapResumo
A partir da problematização acerca das origens dos juízos morais e suas implicações na realidade social, veremos como os paradigmas ético-políticos determinam o modus operandi da cultura hegemônica. Esta, por sua vez, subsidia certa ideologia em desfavor de outros grupos étnico-raciais por meio da subalternização e da marginalização, sobretudo no que diz respeito à identidade, à memória e às tradições afrodescendentes. Tomaremos como exemplo a figura do orixá Exu e do gênero musical rap no intuito de evidenciarmos como o artista Diogo Moncorvo compreende a cultura afro-brasileira a partir da música, utilizando-a como instrumento para tresvalorar as opressões ocidentais. A estética do rapper no disco Esú (2017) evidencia identidades bastante heterogêneas e pulsantes, tendo em vista sua articulação com a cultura midiática e sua produção de sentidos na realidade.
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