A construção política e epistêmica da comunicação popular e feminista na Marcha Mundial das Mulheres (MMM)
DOI:
https://doi.org/10.11606/extraprensa2022.194080Palavras-chave:
Comunicação popular, Comunicação feminista, Marcha mundial das mulheres, FeminismoResumo
Este trabalho apresenta a comunicação popular e feminista da Marcha Mundial das Mulheres (MMM), no Brasil, como uma experiência de rompimento com o mutismo imposto para as classes populares no país e com o estabelecimento do “sujeito competente” (CHAUI, 2017), permanentemente reivindicado pelos meios de comunicação de massa. Em Educação como Prática de Liberdade (1978), Paulo Freire afirma que há um mutismo prescrito para as “pessoas comuns” no Brasil. Diante disso, este trabalho se atém a quem são essas pessoas, visto que a negação do direito à palavra não atinge igualmente homens e mulheres. Além disso, o texto reflete sobre a construção do “sujeito competente”, visto que ela não se descola das dimensões patriarcais e racistas da sociedade capitalista.
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