Mulheres que migram e gestam: a utilização de uma cartilha multilíngue
DOI:
https://doi.org/10.11606/extraprensa2023.206347Palavras-chave:
Acesso a informação, Maternidade, MigraçãoResumo
Ao voltarmos o olhar para a feminização da migração, reconhece-se que elas sofrem violações para além do ser mulher, sendo expostas a questões relacionadas ao ser migrante, situação em que há fragilidade da rede de apoio, assim como dificuldades de acesso às políticas públicas devido às barreiras linguísticas e culturais. O objetivo desta pesquisa é analisar a efetividade do uso de uma cartilha multilíngue durante a internação pós-parto. Trata-se de um estudo de caráter qualitativo, exploratório e descritivo, que utiliza a entrevista semiestruturada como instrumento para a coleta de dados. Diante disso, o tema da maternidade atravessa as esferas de reconhecimento das mulheres migrantes como sujeitos e amplia as adversidades relacionadas à gestação e à criação de seus filhos longe de sua família e de sua cultura. Por fim, os resultados evidenciam que a cartilha é um importante instrumento para o cuidado e uma forma de acolher e democratizar informações, além de ser um mecanismo para a aprendizagem.
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