Produção do mundo colonial: homo sacer, a produção da vida nua e necropolítica
DOI:
https://doi.org/10.11606/extraprensa2023.220408Palavras-chave:
Colonialismo, Vidas nuas, Necropolítica, Raça e racismoResumo
Este artigo pretende investigar as estruturas de violência, brutalidade e destruição que constituíram o processo de colonização. Para tal empreitada, analisamos o conceito de violência colonial de Frantz Fanon, os conceitos de Homo sacer e vidas nuas de Giorgio Agamben, e o conceito de necropolítica desenvolvido por Achille Mbembe. Nosso objetivo central é verificar como as nações colonizadoras se utilizaram de instrumentos mortíferos de dominação soberana para reduzir os territórios colonizados e sua população a condições absolutas de exploração e matabilidade. Além disso, analisamos como o poder colonial, por meio de sua soberania e de seu poder de promover legalmente um estado permanente de exceção, produziu corpos atrelados a um sistema de inclusão-exclusiva, ou seja, indivíduos e populações inteiras incluídos em um sistema de exclusão, em prol do desenvolvimento do capitalismo e da modernidade.
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Referências
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