Ginástica laboral em profissionais de saúde: uma revisão sistemática
DOI:
https://doi.org/10.1590/1809-2950/e23002324ptPalavras-chave:
Saúde do trabalhador, Profissionais de saúde, Transtornos traumáticos cumulativos, Ginástica laboral.Resumo
Este estudo tem como objetivo revisar
sistematicamente ensaios randomizados controlados e
comparar a eficácia da ginástica laboral com nenhuma
intervenção, intervenção mínima ou outros tipos de
intervenção em trabalhadores de saúde, em relação à
dor musculoesquelética, estresse, incapacidade física e
afastamento do trabalho. Foram realizadas buscas nas
bases de dados PUBMED, PEDro, EMBASE, CENTRAL,
CINAHAL, PsycINFO, NIOSHTIC-2, SPORTDicus, SCIELO
e LILACS. Foram encontrados 3598 artigos, sendo
sete elegíveis. Houve diferença estatística para dor
musculoesquelética a favor da ginástica laboral após 5,
10 e 12 semanas (MD: −0,63; 95%, CI: −1,17; −0,08) e 6,9 e
12 meses de intervenção (MD: −0,74; 95% CI: −1,43; −0,05).
Também foi verificada diferença estatística a favor da
ginástica laboral para o afastamento no trabalho (MD:
−3,26; 95% IC: −6,28; −0,25) e para redução do estresse
(SMD: −0.35; 95% IC: −0,67; −0.03) nos estudos que
realizaram intervenção por 5 e 10 semanas. A ginástica
laboral pode contribuir para a saúde física e mental
do profissional de saúde, no entanto, mais estudos
randomizados controlados voltados para essa categoria
profissional, e com maior valor amostral, são necessários
para confirmação dessa hipótese
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