Fatores preditores para risco de quedas e preocupação em cair em mulheres adultas e idosas com tontura
DOI:
https://doi.org/10.1590/Palavras-chave:
Qualidade de vida, Doenças do Labirinto, EquilíbrioResumo
Este estudo teve como objetivo investigar os
fatores preditores para o risco de quedas e preocupação
em cair de mulheres adultas e idosas com tonturas.
O delineamento do estudo foi do tipo transversal.
A amostra foi composta por mulheres com idade mínima
de 50 anos e com queixa de tontura recorrente nos
últimos três meses. Foram submetidas à avaliação da
capacidade cognitiva, preocupação em sofrer quedas,
nível de tontura, qualidade de vida e análise das pressões
plantares. A análise descritiva e inferencial dos dados foi
realizada por meio do SPSS® versão 23.0. Os escores dos
testes clínicos foram submetidos ao teste de Kolmogorov-
Smirnov para normalidade e comparados de forma
independente entre subgrupos amostrais. A regressão
linear foi empregada para conferir associação entre as
variáveis que obtiveram correlação. Das 59 mulheres
avaliadas, a média de idade média foi de 69,05 anos.
Os testes indicaram leve perda cognitiva (MEEM 24,12),
tontura moderada (EVA 5,05) e alta preocupação com
quedas (FES-I 30,22). Houve correlações significativas
entre maior pressão plantar e incidência de quedas,
e a influência da tontura na qualidade de vida previu
em 43% a preocupação em cair. Observou-se que a
preocupação em cair foi maior à medida que a amostra
apresentava maiores indícios de perda da capacidade
cognitiva, maiores níveis de tontura. A preocupação em
cair apresentou associação com a influência da tontura
sobre a qualidade de vida. Além disso, nossos achados
sugerem que a maior distribuição da descarga de peso
na região do antepé, tanto esquerdo como direito com
olhos abertos, apresentaram associação com maiores
índices de quedas
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