Modelagem geoquímica de pegmatitos básicos em Foz do Iguaçu, região de Itaipu, oeste do Paraná, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v23-206926Palavras-chave:
Província Ígnea do Paraná, Derrames basálticos, Litogeoquímica, Cristalização fracionada, Elementos traçoResumo
No município de Foz do Iguaçu, Paraná, na região da barragem de Itaipu, ocorrem pegmatitos básicos hospedados em derrames basálticos do tipo pahoehoe inflados, da Província Ígnea do Paraná. Ambos os grupos de rochas são constituídos principalmente por labradorita, augita, ilmenita, titano-magnetita; os pegmatitos têm granulação média a grossa, enquanto os basaltos são de granulação fina. As rochas hospedeiras são classificadas geoquimicamente como basaltos e segregações pegmatíticas são andesi-basaltos e traquibasaltos, segundo o diagrama TAS [(Na2O+K2O) x SiO2]. As rochas agrupam-se no campo da série toleítica, de acordo com o diagrama AFM [(Na2O+K2O) – (FeOtotal) – (MgO)], sendo classificadas como basaltos toleíticos de alto-Fe em diagrama catiônico [Al x (Fetotal + Ti) x Mg]. Os diagramas de variação mostram enriquecimento em SiO2, TiO2, FeO, Na2O, K2O e P2O5 e empobrecimento em Al2O3, MgO e CaO dos basaltos até os pegmatitos. Razões La/LuN variam entre 5,4 a 6,5 nos basaltos e 6,3 a 7,9 nos pegmatitos, mostrando que as segregações pegmatíticas são geoquimicamente evoluídas em relação às suas rochas hospedeiras. Os cristais de plagioclásio nos pegmatitos são mais sódicos que aqueles encontrados nos basaltos hospedeiros; teores de CaO dos piroxênios nos basaltos são maiores quando comparados àqueles dos pegmatitos. Os resultados da modelagem geoquímica de elementos traço mostram que é possível que ocorra o fracionamento dos pegmatitos básicos a partir de basaltos com assembleia mineral composta por: 55 % em peso de plagioclásio, 35 % em peso de clinopiroxênio, 10,0 % em peso de óxidos de ferro e titânio. O processo ocorre como cristalização fracionada com 50% de fusão residual.
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Referências
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