Os significados da maternidade para mulheres cardiopatas e diabéticas com gravidez de risco
DOI:
https://doi.org/10.7322/jhgd.19777Palavras-chave:
Gravidez de alto risco, Cardiopatias valvares, Diabettes mellitus, Representação social, Doenças crônicas e gestação, Saúde da mulherResumo
O presente trabalho teve como objetivo identificar as representações sociais da maternidade em mulheres cardiopatas e diabéticas que, experienciavam uma gravidez de risco e que se encontravam hospitalizadas em um período da gravidez para monitoração da sua saúde e a do bebê. Os instrumentos da coleta de dados foram entrevistas semi-estruturadas, com roteiros previamente testados. Entrevistaram-se 20 gestantes, sendo 11 cardiopatas valvares e 09 gestantes com Diabetes mellitus tipo I e II, que se encontravam hospitalizadas no terceiro trimestre de gestação. Optou-se pelo estudo de corte qualitativo. O delineamento foi feito através da análise de discurso no qual o fator de interesse girou em torno dos aspectos da relação da gestante com a sua saúde, expectativas e significados da maternidade, bem como do filho, sentimentos em relação à gestação e ao bebê, e enfrentamento da hospitalização. Para a análise dos discursos, utilizou-se um instrumento de tabulação de dados qualitativos, com as seguintes figuras metodológicas: a Idéia Central, a Expressão-Chave e o Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). Os resultados revelaram temas relacionados à forma como mulheres cardiopatas e diabéticas conviviam com doenças crônicas, aos significados da gravidez de alto risco em gestantes cardiopata e diabéticas e à experiência da gravidez de risco, incluindo a hospitalização e os medos das gestantes. Pode-se concluir que as representações surgidas em relação à maternidade e ao filho estão relacionadas ao imaginário feminino, mas que a presença de uma doença crônica pode influenciar também no significado da maternidade para esse grupo de mulheres.Downloads
Referências
Oriá MOB, Alves MDS, Silva RM .Repercussões da gravidez na sexualidade feminina. Rev Enfermagem UERJ. 2004;12(2):160-5.
Manual Merck – Saúde para família. São Paulo [on line] 2005 [acessado em 25 de mar de 2005];disponível em: URL:http:// www.msd-brazil.com/msd43/m_manual/mm_sec22_244.htm.
Tedesco JJ. Aspectos emocionais da gravidez de alto risco. In: Tedesco JJ, Zugaib M, Quayle J, editores. Obstetrícia psicossomática. SãoPaulo: Atheneu; 1998. p. 99-108.
Kramer PD, Coustan D, Krzeminski J, Broudy D, Martin C. Hospitalization on the high-risk maternity unit: a pilot study. Gen Hosp Psychiatry. 1986;8(1):33-9.
Moura MMD, Carneiro SM, Monteiro AC. Psicologia médica em maternidade pública de alto risco. Femina. 2002;30(4):219-23.
Almeida MF, Barata RB, Montero CV, Silva ZP. Prevalência de doenças crônicas auto-referidas e utilização de serviços de saúde, PNAD/1998,Brasil. Ciênc Saúde Coletiva. 2002;7(4):743-56.
Trentini M, Silva SH, Valle ML, Hammer Schmidt KSA. Enfrentamento de situações adversas e favoráveis por pessoas idosas em condições crônicas de saúde. Rev Latinoam Enfermagem. 2005;13(1):38-45.
Grinberg M, Tranchesi J. Valvopatias adquiridas. In: Cossermelli W, Saldanha RV, Serro Azul LGCC, organizadores.Terapêutica clínica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan;1979. p. 188-92.
Ruschel PP. Quando o coração adoece. In: Romano BW, organizador. A prática da psicologia nos hospitais. São Paulo: Pioneira;1994. p. 39-54.
Mira y Lopes E. Manual de psiquiatria. BuenosAires: Paidós; 1975.
Romano BW. Síndromes depressivas e sua relação com a cirurgia cardíaca. In: Romano BW, organizador. A prática da psicologia nos hospitais. São Paulo: Pioneira; 1994.; p. 67-75.
Maldonado MT. Psicossomática e obstetrícia. In: Melo Filho J, editor. Psicossomática hoje. Porto Alegre: Artes Médicas; 1992. p. 208-14.
Attie-Aceves CLA, Morales-Carmona F. Aspectos psicológicos del embarazo de altoriesgo: una revision. Arch Inst Cardiol Mex.1992;62(5):461-4.
Rosa DP. A mulher cardiopata e a maternidade. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo 1996; 8(4)suppl. A: 1-4.
.Prochnow AG, Carneiro M, Saurin MHG. Aptidões motivacionais e emocionais das pessoas com diabetes: um requisito para o cuidado e a adaptação. Prat Hosp.2000;2(12):66-9.
Souza CAC, Bueno JR, Mattos P. Fatores psíquicos e a aderência de pacientes diabéticos ao tratamento: parte 2. J Bras Psiquiatria.1998;47(8):387-95.
Corrêa FHS, Gomes MB. Acompanhamento ambulatorial de gestantes com diabetes mellitus no Hospital Universitário Pedro Ernesto - UERJ. Arq Bras Endocrinol Metab. 2004;48(4):499-504.18.
Silva L, Santos RC, Parada CMGL. Compreendendo o significado da gestação para grávidas diabéticas. Rev Latinoam Enfermagem. 2004;12(6):899-904.
Simioni AMC, Lefèvre F, Bicudo Pereira IMT. Metodologia qualitativa nas pesquisas sem aúde coletiva: considerações teóricas einstrumentais. São Paulo: Faculdade de Saúde Pública da USP; 1997.
Lefèvre F, Lefèvre AMC. Recuperando a fala dosocial.São Paulo: Faculdade de Saúde Pública da USP; 1998.
Lefèvre F, Lefèvre AMC, Teixeira JJV,organizadores. O discurso do sujeito coletivo:uma nova abordagem metodológica em pesquisa qualitativa.Caxias do Sul: EDUCS; 2000.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
CODE OF CONDUCT FOR JOURNAL PUBLISHERS
Publishers who are Committee on Publication Ethics members and who support COPE membership for journal editors should:
- Follow this code, and encourage the editors they work with to follow the COPE Code of Conduct for Journal Edi- tors (http://publicationethics.org/files/u2/New_Code.pdf)
- Ensure the editors and journals they work with are aware of what their membership of COPE provides and en- tails
- Provide reasonable practical support to editors so that they can follow the COPE Code of Conduct for Journal Editors (http://publicationethics.org/files/u2/New_Code.pdf_)
Publishers should:
- Define the relationship between publisher, editor and other parties in a contract
- Respect privacy (for example, for research participants, for authors, for peer reviewers)
- Protect intellectual property and copyright
- Foster editorial independence
Publishers should work with journal editors to:
- Set journal policies appropriately and aim to meet those policies, particularly with respect to:
– Editorial independence
– Research ethics, including confidentiality, consent, and the special requirements for human and animal research
– Authorship
– Transparency and integrity (for example, conflicts of interest, research funding, reporting standards
– Peer review and the role of the editorial team beyond that of the journal editor
– Appeals and complaints
- Communicate journal policies (for example, to authors, readers, peer reviewers)
- Review journal policies periodically, particularly with respect to new recommendations from the COPE
- Code of Conduct for Editors and the COPE Best Practice Guidelines
- Maintain the integrity of the academic record
- Assist the parties (for example, institutions, grant funders, governing bodies) responsible for the investigation of suspected research and publication misconduct and, where possible, facilitate in the resolution of these cases
- Publish corrections, clarifications, and retractions
- Publish content on a timely basis