Estresse, resiliência e vulnerabilidade: comparando famílias com filhos adolescentes na escola
DOI:
https://doi.org/10.7322/jhgd.19789Palavras-chave:
Estresse familiar, Resiliência, Vulnerabilidade, Fator de risco, Rede protetora familiarResumo
Este estudo investigou resiliência e vulnerabilidade em famílias de classe média com filhos adolescentes na escola. Foram considerados os fatores de risco e protetores relacionados à estrutura e dinâmica da convivência intra-familiar. Utilizou-se de metodologia quantitativa associada à qualitativa, com entrevistas semi-estruturadas, Genograma, Entrevista Estruturada (EFE) de Terezinha Carneiro e foram aplicados os questionários, "Como é tua família" para os adolescentes e "Como é sua família" para os adultos, de Ângela Hernández. Foram analisadas 12 famílias com filhos adolescentes. A análise dos resultados revelou: a fragilidade dos vínculos conjugais e o fortalecimento da rede de proteção familiar multigeracional, baseada no afeto e na flexibilização de papéis; a inadequação dos instrumentos utilizados ao privilegiarem a família nuclear tradicional em detrimento de novas configurações familiares. Sugere-se avaliar resiliência como a capacidade de resposta da família ante situações de estresse. Recomenda-se: desvincular dos instrumentos de pesquisa o viés do tipo de família tradicional; a necessidade de realização de estudos interdisciplinares e contextualizados para melhor compreensão dos indicadores de resiliência e vulnerabilidade familiares.Downloads
Referências
Kaloustian SM, organizador. Família brasileira: a base de tudo. São Paulo: Cortez; Brasília (DF): Unicef; 1994.
Ribeiro I, Ribeiro ACT. Família em processos contemporâneos: inovações culturais na sociedade brasileira. São Paulo: Loyola; 1995.
Donati P. Manuale di socioliogía della famiglia. Roma: Laterza; 1998.
Petrini JC. Pós-modernidade e família: um itinerário de compreensão. Bauru: EDUCS; 2003.
Carneiro TF. Família: diagnóstico e terapia. Riode Janeiro: Zahar; 1983.
Hernández A. Família y adolescência: indicadores de salud, manual de aplicacion de instrumentos. 2ª ed. Washington (DC): W. K. Kellogg Foundation; 1996.
Walsh F. Strengthening family resilience. New York (NY): Guiford; 1998.
Presman J. Es la resiliencia... la resi qué? Disponível em: http://www.lavozdelinterior.com/2001/0606/suplementos/sacud/nota 36917_htm [acesso em 12 mar 2004].
Hotliarenco MA, Cárceres I, Alvarez C. La pobreza desde la mirada de la resiliencia. Disponível em: http://www.resiliência.cl/investig/nres.pdf [acesso em 21 mar 2004].
Pittman FS. Crisis familiares previsibles e imprevisibles. In: Falicov CJ. Transiciones de la familia: continuidad y cambio en el ciclo devida.. Buenos Aires: Amorrort; 1991. p. 357-80.
Minuchin S. Famílias: funcionamento & tratamento. Porto Alegre: Artes Médicas; 1980.
Bowen M. La terapia familiar en la práctica clínica: fundamentos teóricos. Bilbao: Descleede Brouwer; 1989. v. 1.
Falicov CJ. Transiciones de la familia: continuidad y cambio en el ciclo de vida. Buenos Aires: Amorrortu; 1991.
Bronfenbrenner U. A ecologia do desenvolvimento humano: experimentos naturais e planejados. Porto Alegre: Artes Médicas; 1996.
Costa M, López E. Salud comunitaria. Barcelona: Martínez Roca; 1986.
Walsh F. Normal family processes. 2a ed. New York (NY): Guilford; 1993.
Goleman D. Inteligência emocional: a teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente. Rio de Janeiro: Objetiva; 1995.
Salovey P, Sluyter DJ. Inteligência emocional da criança: aplicação na educação e no dia a dia. 2aed. Rio de Janeiro: Campus; 1999.
Quintero M. La resiliencia: um reto para trabajo social. Disponível em: http://www.ucr.cr/~trasoc/a1/cc-virtual-doc 02.html-31k [acesso em 12 mar 2004].
Cyrulnik B. Hay vida después del horror. Disponível em http://www.unesco.org/courier/2001_11/sp/dires.htm [acesso em 8 jul 2003].
Yunes MAM, Szymanski H. Resiliência: noção, conceitos afins e considerações críticas. In: Tavares J, organizador. Resiliência e educação. São Paulo: Cortez; 2001. p. 13-42.
Junqueira MFPS, Deslandes SF. Resiliência e maus-tratos à criança. Cad Saúde Pública. 2003;19(1):227-35.
Carter B, McGoldrick M. As mudanças no ciclo de vida familiar: uma estrutura para a terapia familiar. 2a ed. Porto Alegre: Artes Médicas; 1995.
Olson DH. Tipos de familia, estrés familiar y satisfacción con la familia: una perspectiva del desarrollo familiar. In: Falicov CJ.Transiciones de la familia: continuidad ycambio en el ciclo de vida. Buenos Aires: Amorrortu; 1991. p. 99-129.
Heilborn ML. O que faz um casal, casal?: conjugalidade, igualitarismo e identidade sexual em camadas médias urbanas. In: Ribeiro I, Ribeiro ACT, organizadores. Famílias em processos contemporâneos: inovações culturais na sociedade brasileira. São Paulo: Loyola; 1955. p. 91-106.
Beninbá CRCS, Gomes WB. Relatos de mães sobre transformações familiares em três gerações. Estud Psicol (Natal). 1998;3(2):177-205.
Cerveny CMO, Berthoud CME. Família e ciclo vital: nossa realidade em pesquisa. São Paulo: Casa do Psicólogo; 1997.
McGoldrick M, Gerson R. Genogramas en la evaluación familiar. Buenos Aires: Gedisa; 1987.
Watzlawick P, Beavin JH, Jacksom DD. Pragmática da comunicação humana: um estudo dos padrões, patologias e paradoxos da interação. São Paulo: Cultrix; 1993.
Souza MTS. Família e resiliência. In: Cerveny CMO, organizador. Família e...: comunicação, divórcio, mudança, residência, deficiência, leis, bioética, doença, religião e drogadição. São Paulo: Casa do Psicólogo; 2004. p. 53-84.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
CODE OF CONDUCT FOR JOURNAL PUBLISHERS
Publishers who are Committee on Publication Ethics members and who support COPE membership for journal editors should:
- Follow this code, and encourage the editors they work with to follow the COPE Code of Conduct for Journal Edi- tors (http://publicationethics.org/files/u2/New_Code.pdf)
- Ensure the editors and journals they work with are aware of what their membership of COPE provides and en- tails
- Provide reasonable practical support to editors so that they can follow the COPE Code of Conduct for Journal Editors (http://publicationethics.org/files/u2/New_Code.pdf_)
Publishers should:
- Define the relationship between publisher, editor and other parties in a contract
- Respect privacy (for example, for research participants, for authors, for peer reviewers)
- Protect intellectual property and copyright
- Foster editorial independence
Publishers should work with journal editors to:
- Set journal policies appropriately and aim to meet those policies, particularly with respect to:
– Editorial independence
– Research ethics, including confidentiality, consent, and the special requirements for human and animal research
– Authorship
– Transparency and integrity (for example, conflicts of interest, research funding, reporting standards
– Peer review and the role of the editorial team beyond that of the journal editor
– Appeals and complaints
- Communicate journal policies (for example, to authors, readers, peer reviewers)
- Review journal policies periodically, particularly with respect to new recommendations from the COPE
- Code of Conduct for Editors and the COPE Best Practice Guidelines
- Maintain the integrity of the academic record
- Assist the parties (for example, institutions, grant funders, governing bodies) responsible for the investigation of suspected research and publication misconduct and, where possible, facilitate in the resolution of these cases
- Publish corrections, clarifications, and retractions
- Publish content on a timely basis