A responsividade educadora-bebê em um berçário: um estudo exploratório
DOI:
https://doi.org/10.7322/jhgd.19845Palavras-chave:
Psicologia, Educação, Desenvolvimento infantil, Creches, Comunicação não verbalResumo
Este estudo teve como objetivo investigar indicadores de responsividade interpessoal educadora-bebê em uma turma de berçário, com base no conceito de responsividade materna, oriundo da teoria do apego. Este conceito foi ampliado e integrado às noções da área sociocognitiva, tais como práticas educativas e habilidades comunicativas. O estudo foi realizado em um berçário, constituído por 4 bebês, com idades entre 5 e 14 meses, e a educadora responsável pela turma. As crianças e a educadora foram filmadas em interação grupal. As descrições das filmagens foram classificadas de acordo com o Protocolo de observação da interação educadora-bebê. A análise das descrições gerou três principais categorias de comportamento das crianças (choro, exploração/jogo social e conflito/disputa por atenção) analisadas em termos da sua relação com o comportamento da educadora (responsividade interpessoal). Foram identificados comportamentos verbais distribuídos em quatro categorias: Perguntas, Comentários, Comandos e Outros Comportamentos verbais. Os comportamentos não verbais foram classificados em três tipos gerais: Contato Físico, Relação com Objetos e Ausência de Interação. Os resultados deste estudo mostraram que a educadora mostrou indicadores de responsividade que parece ser facilitada, entre outros fatores, pela razão adulto-criança, ainda que os bebês fossem de diferentes faixas etárias.Downloads
Referências
Oliveira ZM, Mello AM, Vitória T, Rossetti-Ferreira MC. Creches: Crianças, faz de conta e cia. Petrópolis: Vozes; 1996.
Piccinini CA, Rapoport A. O ingresso e adaptação de bebês e crianças pequenas à creche: Alguns aspectos críticos. Psic: Refl e Crítica. 2001; 14(1): 81-95.
Rossetti-Ferreira MC, Amorim KS, Vitória T. A creche enquanto contexto possível de desenvolvimento da criança pequena. Rev Bras Cresc e Des Humano. 1994; IV(2):35-40.
Brazelton TB. Momentos decisivos do desenvolvimento infantil. São Paulo: Martins Fontes; 1994.
Lordelo ER. Educadoras de Creche: Concepções e práticas. Interação. 1998; 2: 113-32.
Veríssimo MLOR, Fonseca RMGS. O cuidado da criança segundo trabalhadoras de creches. Rev Latino-Americana Enf. 2003;11(1):28-35.
Ramos AIL , Porto Alegre AM. Cuidar e educar no berçário: A superação de um paradoxo na educação infantil. Pátio Educação Infantil 2003;1:29-31.
Rossetti-Ferreira MC. A necessária associação entre educar e cuidar. Pátio Ed Inf. 2002; 1: 10-2.
Zabalza MA. Cuidado versus educação: O dilema institucional das escolas infantis. Pátio Ed Inf. 2003;1:13-5.
Goulart IB. A relação pedagógica. Est sobre Edu. 2002; 1: 39-47.
Ribas AFP, Seidl de Moura ML, Ribas Jr RC. Responsividade materna: Levantamento bibliográfico e discussão conceitual. Psic: Refle Crítica. 2003; 16(1): 137-45.
Ribas AFP, Seidl de Moura ML. Responsividade materna e teoria do apego: Uma discussão crítica do papel dos estudos transculturais. Psic: Refl Crítica. 2004;17(3):315-22.
Ainsworth MDS, Blehar MC, Waters E, Wall S. Patterns of attachment. NJ: Hillsdale; 1978.
Gomes V. As futuras práticas parentais: um diálogo entre apego e sócio cognição [tese].Porto Alegre (RS): Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul;2007.
Bates E, Benigni L, Bretherton I, Camaioni L, Volterra V. The emergence of symbols: Cognition and communication in infancy. New York: Academic Press; 1979.
Trevarthen C. Communication and cooperation in early infancy: A description of primary intersubjectivity. In: Bulova M, editor. Beforespeech: The beginnings of human communication London: Cambridge University; 1979. p. 321-47.
Carpenter M, Nagell K, Tomasello M. Socialcognition, joint attention and communicative competence from 9 to 15 months of age. Monographs of the Society for Research in Child Development 1998; 63, (4, serial No 255).
Paul R, Shiffer M. Communicative initiations in normal and late-talking toddlers. Applied Psycholinguistics. 1992;12: 420-31.
Scaife M, Bruner J. The capacity for joint attention in the infant. Nature. 1975; 253:265-66.
Bosa C. Atenção compartilhada e identificação precoce do autismo. Psic: Refl e Crítica. 2002;15:77-88.
Mundy P, Sigman M. Specifying the nature of the social impairment in autism. In: Dawson G, editor. Autism: New perspectives on nature, diagnosis, and treatment New York: Guilford;1989. p. 3-21.
Hobson P. Understanding persons: The role of affect. In: Baron-Cohen S, Tageflusberg H, Cohen DJ, editors. Understanding other minds: Perspectives from autism. Oxford: Oxford Medical Publications; 1993. p. 205-27.
Borges LC, Salomão NMR. Aquisição da linguagem: Considerações da perspectiva da interação social. Psic: Refl e Crítica. 2003;16(2):327-36.
Braz FS, Salomão NMR. A fala dirigida a meninos e meninas: Um estudo sobre o Input materno e suas variações. Psicologia: Reflexão e crítica 2002;15 (2): 333-44.
Sígolo SR. Diretividade Materna e socialização de crianças com atraso de desenvolvimento. Cad de Psic e Edu. 2000; 10(19): 47-54.
Snow CE. Questões no estudo do Input: Sintonia, universalidade, diferenças individuais e evolutivas, e causas necessárias. In: Fletcher P, MaC Whinney B, editores. Compêndio da linguagem da criança. Porto Alegre: Artes Médicas; 1997. p. 153-64.
Véras RM, Salomão NMR. Interações entre díades mãe-criança que apresentam linguagem expressiva típica e díades mãe-criança que apresentam a linguagem expressiva atrasada. Interação em Psic. 2005;9(1):165-76.
Martin JA. Personal and interpersonal components of responsiveness. In: Bornstein MH, editor. Maternal Responsiveness: Characteristics and consequences. San Francisco: Jossey-Bass; 1989. p. 5-14.
Robson C. Observational methods. In: Robson C, editor. Real World Research: A Resource for Social Scientists and Practitioner Researchers. Oxford: Blackwell; 2002. p. 309-45.
Laville C, Dionne J, editores. A construção do saber: Manual de metodologia da pesquisa em Ciências Humanas. Porto Alegre: Artes Médicas; 1999.
Bates E. Language and context. New York: Academic Press; 1976.
Seidl de Moura ML, Ribas AFP. Desenvolvimento e contexto sociocultural: Agênese da atividade mediada nas interações iniciais mãe-bebê. Psic: Refl e Critica. 2000; 13(2): 245-56.
Brazelton TB, Cramer BG. As primeiras relações. São Paulo: Martins Fontes; 1992.
Bruner J. The social context of language as acquisition. Language and communication1981; 1 (2-3): 155-78.
Bowlby J. Uma base segura: Aplicações clínicas da teoria do apego. Porto Alegre: Artes Médicas; 1989.
Winnicott DW. A teoria do relacionamento paterno-infantil. In: Winnicott DW, editor. O ambiente e os processos de maturação. Porto Alegre: Artes Médicas; 1983. (Original publicado em 1960). p. 38-54.
Winnicott DW. O brincar e a realidade. Rio de Janeiro: Imago; 1975. (Original Publicado em1971).
Winnicott DW. Comunicação e falta de comunicação levando ao estudo de certos opostos. In: Winnicott DW, editor. O ambientee os processos de maturação. Porto Alegre: Artes Médicas; 1983. (Original publicado em1963). p. 163-74.
Alvarenga P, Piccinini CA. Práticas educativas maternas e problemas de comportamento empré-escolares. Psic: Refl e Crítica. 2001; 14(3):449-60.
Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Resolução 003/2001 do Conselho Municipal de Educação (CME) 2001. Retirado em 10/01/2006 da página da Web da Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura de Porto Alegre: http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/smed/usu_doc/res00301.pdf
Bowlby J. Apego. São Paulo: Martins Fontes; 1984.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
CODE OF CONDUCT FOR JOURNAL PUBLISHERS
Publishers who are Committee on Publication Ethics members and who support COPE membership for journal editors should:
- Follow this code, and encourage the editors they work with to follow the COPE Code of Conduct for Journal Edi- tors (http://publicationethics.org/files/u2/New_Code.pdf)
- Ensure the editors and journals they work with are aware of what their membership of COPE provides and en- tails
- Provide reasonable practical support to editors so that they can follow the COPE Code of Conduct for Journal Editors (http://publicationethics.org/files/u2/New_Code.pdf_)
Publishers should:
- Define the relationship between publisher, editor and other parties in a contract
- Respect privacy (for example, for research participants, for authors, for peer reviewers)
- Protect intellectual property and copyright
- Foster editorial independence
Publishers should work with journal editors to:
- Set journal policies appropriately and aim to meet those policies, particularly with respect to:
– Editorial independence
– Research ethics, including confidentiality, consent, and the special requirements for human and animal research
– Authorship
– Transparency and integrity (for example, conflicts of interest, research funding, reporting standards
– Peer review and the role of the editorial team beyond that of the journal editor
– Appeals and complaints
- Communicate journal policies (for example, to authors, readers, peer reviewers)
- Review journal policies periodically, particularly with respect to new recommendations from the COPE
- Code of Conduct for Editors and the COPE Best Practice Guidelines
- Maintain the integrity of the academic record
- Assist the parties (for example, institutions, grant funders, governing bodies) responsible for the investigation of suspected research and publication misconduct and, where possible, facilitate in the resolution of these cases
- Publish corrections, clarifications, and retractions
- Publish content on a timely basis