Mães de crianças com deficiência visual: percepções, conduta e contribuição do atendimento em grupo
DOI:
https://doi.org/10.7322/jhgd.19865Palavras-chave:
Visão subnormal, terapia ocupacional, mães, cegueira, reabilitaçãoResumo
A presente pesquisa teve quatro objetivos: 1) identificar reações de mães em relação ao diagnóstico da deficiência visual; 2)identificar o responsável pela detecção da deficiência; 3)verificar dificuldades da criança no processo de escolarização, e 4) verificar possíveis contribuições de atividades terapêuticas direcionadas ao grupo de mães. Foi realizado um "survey" descritivo com as mães de crianças com deficiência visual, atendidas no CEPRE - FCM- Unicamp. Para a coleta de dados foi utilizado um questionário aplicado por entrevista, desenvolvido após estudo exploratório. Compôs-se uma amostra não probabilística, constituída por 14 mães. Entre os resultados obtidos, com relação aos sentimentos apontados pelas mães em relação ao diagnóstico, destacaram-se: a tristeza (71,0%); o medo (64,0%) e a decepção (42,0%). O problema visual foi percebido por mães em 53,0% dos casos, por pediatras em 26,0% e por familiares em 21,0%. Entre as dificuldades da criança no processo de escolarização foram apontadas: medo de não conseguirem acompanhar as exigências escolares (75,0%) e discriminação (63,0%). A maioria das mães (78,0%) acredita que as atividades do grupo contribuem para o esclarecimento de dúvidas, e as atividades terapêuticas contribuíram para que aprendessem a lidar com as dificuldades de seus filhos (78,0%). Os resultados obtidos contribuíram para concluir: que os sentimentos de tristeza, medo e decepção mostraram-se mais evidentes; que, na maioria dos casos, a deficiência visual foi detectada pela mãe; que na opinião das mães, as crianças teriam dificuldades em acompanhar as atividades escolares e que o grupo contribuiu para esclarecer dúvidas e favorecer troca de experiências.Downloads
Referências
Amaral LA. Conhecendo a deficiência .São Paulo: Robe Editorial, 1995.p. 18-27.
Buscaglia LF. Os deficientes e seus pais: um desafio ao aconselhamento. Rio de Janeiro: Record, 1993.
Omote S. Reações de mães de deficientes mentais ao reconhecimento da condição dos filhos afetados[dissertação]. São Paulo: Universidade de São Paulo; 1980.
Silva SF. Experiências e necessidades de mães após o diagnóstico da deficiência mental de seu filho[dissertação]. São Carlos: Universidade Federal de São Carlos;1988.
Glat R. O papel da família na integração do portador de deficiência. São Paulo: Rev. Brasileira de Educação Especial. 1996;4:111-118.
Silva NLP, Dessen MA. Deficiência Mental e família: Implicações para o desenvolvimento da criança. Psicologia: Teoria e Pesquisa. 2001;17(2):133-41.
Matsukura TS, Fernandes QB. Famílias de crianças com necessidades especiais: Identificando ações de intervenção e percepções dos profissionais da equipe multiprofissional. Temas sobre Desenvolvimento 2006; 15(87-88):30-34.
Buscaglia LF. O papel importantíssimo da família na reabilitação da criança deficiente. Rio de Janeiro: correio da UNESCO1981; 8: 5-15.
Telford CW, Sawrey M. O indivíduo excepcional.Rio de Janeiro, Zahar, 1978.642p.
Miller N.B. Ninguém é perfeito. Vivendo e crescendo com crianças que têm necessidades especiais. Papirus, Campinas, 1995. p.37-83.
Nobre MIRS. Atendimento de estimulação em serviço de visão subnormal: características de usuários, opinião e conduta de mães [dissertação].Campinas: Universidade Estadual de Campinas;1997.
Kara-José N, Carvalho K.M.M, Caldato R, Pereira VL, Oliveira AMND, Fonseca Neto JC. Atendimento de amblíopes e prevalência na população pré-escolar, Campinas, São Paulo, Brasil. Bol. Of. Sant. Panamer 1984;97(1):31-37.
Parpinelli EP. Deficiências: família e prevenção. Londrina: Grafman,1997.p.53-58.
Alves MR, Alves VLR, Temporini ER, Kara-José N. Características e percepções de pais de escolares portadores de problemas oculares atendidos em projeto comunitário. Rev. Bras. Oftal. 2000; 59(2):99-104.
Finnie NR. O manuseio em casa da criança com paralisia cerebral. 3º ed. São Paulo: Manole; 2000.p.15-21.
Zimerman DE. Como trabalhamos com grupos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.p.23-125.
Nobre MIRS. Grupo de mães – confecção de materiais. Arq. Brás. Oftal. 1996;59(4):352.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
CODE OF CONDUCT FOR JOURNAL PUBLISHERS
Publishers who are Committee on Publication Ethics members and who support COPE membership for journal editors should:
- Follow this code, and encourage the editors they work with to follow the COPE Code of Conduct for Journal Edi- tors (http://publicationethics.org/files/u2/New_Code.pdf)
- Ensure the editors and journals they work with are aware of what their membership of COPE provides and en- tails
- Provide reasonable practical support to editors so that they can follow the COPE Code of Conduct for Journal Editors (http://publicationethics.org/files/u2/New_Code.pdf_)
Publishers should:
- Define the relationship between publisher, editor and other parties in a contract
- Respect privacy (for example, for research participants, for authors, for peer reviewers)
- Protect intellectual property and copyright
- Foster editorial independence
Publishers should work with journal editors to:
- Set journal policies appropriately and aim to meet those policies, particularly with respect to:
– Editorial independence
– Research ethics, including confidentiality, consent, and the special requirements for human and animal research
– Authorship
– Transparency and integrity (for example, conflicts of interest, research funding, reporting standards
– Peer review and the role of the editorial team beyond that of the journal editor
– Appeals and complaints
- Communicate journal policies (for example, to authors, readers, peer reviewers)
- Review journal policies periodically, particularly with respect to new recommendations from the COPE
- Code of Conduct for Editors and the COPE Best Practice Guidelines
- Maintain the integrity of the academic record
- Assist the parties (for example, institutions, grant funders, governing bodies) responsible for the investigation of suspected research and publication misconduct and, where possible, facilitate in the resolution of these cases
- Publish corrections, clarifications, and retractions
- Publish content on a timely basis