Participação da família no trabalho fisioterapêutico em crianças com paralisia cerebral
DOI:
https://doi.org/10.7322/jhgd.19886Palavras-chave:
Fisioterapia, paralisia cerebral, relações profissional-famíliaResumo
Estudo descritivo exploratório realizado com mães de crianças menores de cinco anos, com diagnóstico de Paralisia Cerebral, com o objetivo de verificar a participação dos pais no processo de reabilitação das crianças e suas expectativas em relação a este tratamento. Os dados foram coletados no mês de outubro de 2006 por meio de entrevistas semi-estruturadas junto a 28 mães de crianças matriculadas em uma escola de reabilitação. As mães individualmente (39%) ou em conjunto com os pais (32%) ou outros familiares são as principais responsáveis pelo desenvolvimento de atividades fisioterapêuticas no domicílio. Estas são realizadas diariamente (36%) ou duas a três vezes por semana (39%), normalmente à noite e utilizando estímulos diferenciados (96%). A maioria (79%) refere conseguir realizar todas as atividades propostas, sendo as principais dificuldades relacionadas à não aceitação por parte da criança (54%) e à falta de tempo (21%). As expectativas são que a criança consiga andar sem apoio (46%) e que tenha independência motora (25%). Embora em graus variados, na maioria das vezes, os profissionais podem contar com a ajuda da família na oferta de estímulos às crianças. As mães que já passaram por várias sessões de orientação, se mostram mais seguras para a realização das atividades fisioterapêuticas no domicílio, revelando a importância da interação com a família. Ao profissional cabe esclarecer a família sobre a importância dos exercícios mesmo quando o prognóstico é limitado, pois a evolução da criança pode surpreender e, além disso, esta é uma oportunidade para desenvolver/fortalecer o vínculo entre a família e a criança.Downloads
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