Representações de saúde-doença de um grupo de mulheres residentes em bairros da periferia de Belo Horizonte (1994-1996)
DOI:
https://doi.org/10.7322/jhgd.38382Palavras-chave:
representações sociais, processo saúde-doença, concepção de saúde-doença.Resumo
Este trabalho é resultado de uma pesquisa de campo, qualitativa, realizada nos bairros Solimões e Conjunto Jardim Felicidade, na região metropolitana de Belo Horizonte, com o objetivo de identificar as representações do processo saúde-doença de um grupo de mulheres residentes nos mesmos. Para sua execução optou-se por realizar a observação participante, entrevistas semi-estruturades e análise de conteúdo das entrevistas, segundo metodologia proposta por BARDIN, 1977), TRIVIÑOS 1987) e MINAYO (1993). As entrevistas foram realizadas no período de novembro de 1994 à julho de 1995 com trinta mulheres com idades entre 18 e 40 anos, todas com filhos de 0 a 5 anos. As entrevistas tiveram uma duração média de 60 minutos. Através da análise de conteúdo das entrevistas chegou-se às categorias de representação do processo saúde-doença. A doença é representada como incapacidade funcional e utilitária do corpo. A saúde, além de ser representada como o oposto da doença, ou seja, a capacidade funcional e utilitária do corpo, possui ainda outras representações, tais como: um modo de vida saudável, assistência médica de qualidade e, ainda, equilíbrio e harmonia nas relações com a natureza, com Deus. Este estudo evidencia que estas representações estão estreitamente relacionadas com as alternativas terapêuticas utilizadas pelos moradores. Tais alternativas, representadas por medicina científica, medicina caseira, automedicação, benzeção, curandeirismo e cura religiosa são buscadas de acordo com as concepções do processo saúde-doença.Downloads
Referências
Bardin L. Análise de conteúdo. Lisboa, Edições 70, 1977. p. 225.
Bastos EL, Telles PR, Castillo E, et al. A epidemia de AIOS no Brasil. ln: Minayo MG. Os muitos Brasis. Saúde e população na década de 80. São Paulo. Rio de Janeiro, Hucitec-Abrasco, 1995 p. 145-258.
Berlinguer G. A doença. São Paulo, Hucitec/CEBES. 1988.p.150.
Boltansky L. As classes sociais e o corpo. Rio de Janeiro, Grall, 1979 p. 191.
Borges SMN, Atiê E. Vida de mulher: estratégias de sobrevivência no cotidiano. In: Costa NR, Ramos CL, Minayo C, Stotz EN. Demandas populares, políticas públicas e saúde. Petrópolis, Vozes, 1989. V.2, p.165-184.
Herzlicih C. A problemática da representação social e sua utilidade no campo da doença. PHYSIS - Rev. Saúde Col. 1(2): 23-35,1991.
Koifman S. Incidência de câncer no Brasil. In: Minayo MC. Os muitos Brasis. Saúde e população na década de 80. São Paulo, Hucitec, 1975, p. 143-176.
Laplantine F. Antropologia da doença. São Paulo, Martins Fontes, 1991, p. 274. Lévi-Strauss C. Introdução à Obra de Marcel Mauss. In: Mauss M. Sociologiae antropologia. São Paulo, EPU/EDUSI’,1974. v. 2.
Loyola MA. A medicina popular. In: Gutmarães R. Saúde e medicina no Brasil: contribuição para um debate. Rio de Janeiro, Graal, 1978. v.3, p. 225-236
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
CODE OF CONDUCT FOR JOURNAL PUBLISHERS
Publishers who are Committee on Publication Ethics members and who support COPE membership for journal editors should:
- Follow this code, and encourage the editors they work with to follow the COPE Code of Conduct for Journal Edi- tors (http://publicationethics.org/files/u2/New_Code.pdf)
- Ensure the editors and journals they work with are aware of what their membership of COPE provides and en- tails
- Provide reasonable practical support to editors so that they can follow the COPE Code of Conduct for Journal Editors (http://publicationethics.org/files/u2/New_Code.pdf_)
Publishers should:
- Define the relationship between publisher, editor and other parties in a contract
- Respect privacy (for example, for research participants, for authors, for peer reviewers)
- Protect intellectual property and copyright
- Foster editorial independence
Publishers should work with journal editors to:
- Set journal policies appropriately and aim to meet those policies, particularly with respect to:
– Editorial independence
– Research ethics, including confidentiality, consent, and the special requirements for human and animal research
– Authorship
– Transparency and integrity (for example, conflicts of interest, research funding, reporting standards
– Peer review and the role of the editorial team beyond that of the journal editor
– Appeals and complaints
- Communicate journal policies (for example, to authors, readers, peer reviewers)
- Review journal policies periodically, particularly with respect to new recommendations from the COPE
- Code of Conduct for Editors and the COPE Best Practice Guidelines
- Maintain the integrity of the academic record
- Assist the parties (for example, institutions, grant funders, governing bodies) responsible for the investigation of suspected research and publication misconduct and, where possible, facilitate in the resolution of these cases
- Publish corrections, clarifications, and retractions
- Publish content on a timely basis