Antropófagos devorados e seus desencontros: da “formação” à “inserção” da literatura brasileira
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2237-1184.v0i22p42-54Palavras-chave:
literatura comparada, literatura brasileira, literatura africana, literatura mundial, formação, inserçãoResumo
O artigo se propõe a pensar a literatura brasileira a partir do paradigma comparativista da “inserção”. Para fixar suas características, faço contraponto ao paradigma hegemônico da formação. Argumento que os dois paradigmas partem de pressupostos muito diferentes no que se refere à presença da cultura brasileira no mundo. A ideia de formação presume uma relação derivativa diante da Europa, vista como modelo a ser emulado. Outra dinâmica de poder surge com a inserção da literatura brasileira em países africanos, produzindo representações dentre os letrados africanos que igualavam o Brasil ao país deles. O artigo procura tirar consequências das diferenças entre os dois paradigmas.