Subjetividade e delimitações: o ensaio e sua poética em Samuel Beckett
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2237-1184.v0i39p30-55Palavras-chave:
Disjecta, leitura, metatextualidade, poética, UnwortResumo
A obra ensaística de Samuel Beckett foi publicada por Ruby Cohn como um conjunto de textos sobre diferentes temas relacionados à criação, com múltiplos objetos de estudo e, inclusive, distintos interesses. Esta variedade implicará uma mutabilidade ou uma ruptura com a possibilidade de estabelecer um sistema ideológico firme e estático, o que nos sugere também uma poética da instabilidade. A compilação desta série de textos de caráter reflexivo, crítico e com traços que poderíamos demarcar no gênero “ensaio” apresenta-se a partir de uma classificação o tema tica, na qual o gênero passa ao segundo plano: nela encontraremos cartas, resenhas, ensaios, um fragmento dramático, uma série de diálogos sobre pintores ou fragmentos de narrativa. As questões levantadas nestes textos são as que marcam a atitude do escritor frente ao objeto escolhido, conformando uma poética que podemos enxergar tanto nos seus textos dramáticos, como nos narrativos e poéticos. Uma atitude que corresponde, neste caso, a um homem de letras que põe em evidência suas dúvidas a partir de pontos de vista diversos sobre a literatura e sua própria escrita.
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Referências
Beckett, Samuel, Disjecta, London: Calder, 1983, p.171.
Barth, John, “Literatura del agotamiento” em Alazraki, Jaime (ed.) Jorge Luis Borges, Madrid: Taurus, 1976, p.170 y ss.
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