Pelo olho mágico de Estorvo: Forma e processo social em Chico Buarque
DOI:
https://doi.org/10.11606/Resumo
O artigo discute a inusitada mistura entre hermetismo e fluência que caracteriza o primeiro romance de Chico Buarque, Estorvo, interpretando-a como resultado da forma como o ponto de vista do narrador embaralha a representação dos conflitos sociais a partir de compensações imaginárias, conflitos que, todavia podem ser recompostos pelo leitor e se mostram centrais para a compreensão da montagem que o romance arma como princípio de formalização do processo social.
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